Wal Sarges
O fenômeno que acontece no Festival das Tribos de Juruti, o Festribal, é apresentado nas imagens da exposição do fotógrafo paraense Alexandre Baena. A mostra “Juruti – Festival das Tribos” abre em Belém amanhã, 5, às 19h, na Galeria Fidanza, do Museu de Arte Sacra. Projeto idealizado pelo senador Jader Barbalho, a mostra foi lançada oficialmente no dia 20 de fevereiro de 2024, no Senado Federal, em Brasília, seguindo em itinerância para o Rio Grande do Sul (Porto Alegre), Espírito Santo (Vitória), Bahia (Salvador), Amazonas (Manaus) e agora no Pará, que além de Belém, abrange o próprio município de Juruti, onde ficará em caráter permanente.
O Festribal é um evento que ocorre no último final de semana de julho no município de Juruti, no oeste do Pará. No tribódromo, as tribos Munduruku (vermelho e amarelo) e Muirapinima (vermelho e azul) se enfrentam pela conquista do título. A festa retrata a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças. Depois de Belém, a exposição marca a abertura da 30ª edição do Festival de Juruti, que começa no dia 31 de julho e segue pelos dias 1, 2 e 3 de agosto.
Alexandre Baena diz que está feliz de trazer sua exposição para a capital paraense, sobretudo dentro da programação “Uma Noite no Museu”, que também ocorre nesta sexta-feira. “Acredito que somos abençoados em abrir a exposição dentro desse evento, que já se mostrou uma assertiva fantástica da Secretaria de Cultura, com público bem assíduo, então a gente tem uma expectativa maravilhosa. Nas outras edições de julho sempre foram momentos de pico, e de ter o público circulando de maneira muito expressiva no centro histórico, então a gente acredita que vai ser fantástico”, considera.
Ele destaca a identificação que a exposição causou entre os manauaras. “Em Manaus, por exemplo, o pessoal conhece muito Juruti e foi muito simbólico ver esse reconhecimento deles com o Festribal. Por isso que é tão importante a gente fazer esse lançamento da exposição trazendo as tribos Munduruku e Muirapinima para Belém porque nós, aqui em Belém, a grande maioria não conhece essa riqueza que tem dentro do nosso território. É fundamental essa divulgação, não só para o conhecimento, mas para a valorização dessa particularidade tão bonita que é, hoje, a maior festividade dos povos originários da Amazônia paraense”, analisa.
“A valorização e o resgate da ancestralidade, sem sombra de dúvida, é uma das situações que fica muito latente. E assim, é sempre oportuno falar sobre a questão do meio ambiente. Então, durante o festival do ano passado, houve inúmeras mensagens, tanto da Tribo Munduruku quanto da Muirapinima, que vimos em Parintins, tratando sobre a demarcação, falando justamente do cuidado com o ecossistema, com o meio ambiente e ainda, do cuidado com a água, então, essas questões, no ano passado durante as apresentações”, destaca Alexandre Baena.
VISITE
Exposição “Juruti – Festival das Tribos”
Abertura: 05/07, às 19h;
Visitação: De 04 a 20/07.
Onde: Galeria Fidanza – Museu de Arte Sacra, Praça Frei Brandão, s/nº – Cidade Velha, Belém-Pará.