Dr. Responde

Doenças de pele crescem no verão

OFERECIMENTO

Hospital HSM Acessar site
Doenças de pele crescem no verão Doenças de pele crescem no verão Doenças de pele crescem no verão Doenças de pele crescem no verão
O sol, a areia e a umidade facilitam o aparecimento de problemas como micoses, queimaduras e brotoejas nesse período. Especialista diz que é possível se prevenir da maioria deles com medidas simples. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
O sol, a areia e a umidade facilitam o aparecimento de problemas como micoses, queimaduras e brotoejas nesse período. Especialista diz que é possível se prevenir da maioria deles com medidas simples. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Ana Laura Costa

Com a chegada do verão, o sol e a umidade em excesso propiciam o surgimento de doenças de pele como micoses, bicho geográfico, brotoeja, impetigo e queimaduras na epiderme que, segundo a médica dermatologista Adriana Simões são as mais recorrentes durante este período.

Ainda de acordo com a dermatologista, dentre as doenças de pele citadas, a mais prevenível é a queimadura de pele. No entanto, nos consultórios é possível observar a recorrência de casos da lesão provocada por uma longa exposição ao sol sem a devida proteção. Adriana Simões frisa que o uso do protetor solar é inegociável, assim como o método de barreira, que é o uso de roupas, manga comprida, bonés, entre outros.

“A queimadura ainda é muito presente porque as pessoas acham que sol é uma coisa e claridade é outra, quando não. As pessoas ainda têm aquela ideia de que ao ficar debaixo de uma tenda, por exemplo, estão se protegendo, quando na verdade continuam recebendo calor e a radiação ultravioleta refletida na areia da praia”, explica.

Sobre as micoses, o surgimento está relacionado à umidade excessiva. A médica dermatologista lembra que a pele é permeável, portanto, sair da piscina e usar uma roupa molhada faz com que a pele continue recebendo certo grau de umidade. “Em homens e mulheres, as micoses costumam surgir principalmente na virilha. Já em alguns homens, entre os dedos. A melhor medida de prevenção é trocar a roupa ou o sapato molhado”, ressalta.

Já a brotoeja – uma dermatite inflamatória causada pelo excesso de calor e suor que leva ao aparecimento de bolinhas na pele que podem coçar – podem acometer principalmente trabalhadores ambulantes, motoristas de aplicativos e agentes de segurança pública expostos ao sol com roupas pesadas, alerta Simões. “Para amenizar, um banho gelado melhora consideravelmente a brotoeja. O tratamento deve considerar característica das lesões e local, portanto, é necessário procurar atendimento médico especializado”, pontua.

Em relação ao bicho geográfico, uma inflamação cutânea em resposta a penetração de vermes na pele, a dermatologista ressalta que é impossível realizar a prevenção. Nas praias, por exemplo, onde circulam animais domésticos como gatos e cachorros, ela reforça que de nada adianta colocar a toalha de banho na areia e deitar por cima. “Uma vez reconhecido o quadro, o tratamento é feito com drogas antiparasitárias, é preciso buscar orientação médica especializada também”.

Por último, Adriana Simões ressalta que o impetigo é mais difícil de tratar, sendo necessário buscar atendimento médico especializado assim que diagnosticado. “É uma contaminação bacteriana que acomete principalmente crianças e idosos e está mais suscetível à condição climática”, disse.