Ana Laura Costa
Com a chegada do verão, o sol e a umidade em excesso propiciam o surgimento de doenças de pele como micoses, bicho geográfico, brotoeja, impetigo e queimaduras na epiderme que, segundo a médica dermatologista Adriana Simões são as mais recorrentes durante este período.
Ainda de acordo com a dermatologista, dentre as doenças de pele citadas, a mais prevenível é a queimadura de pele. No entanto, nos consultórios é possível observar a recorrência de casos da lesão provocada por uma longa exposição ao sol sem a devida proteção. Adriana Simões frisa que o uso do protetor solar é inegociável, assim como o método de barreira, que é o uso de roupas, manga comprida, bonés, entre outros.
“A queimadura ainda é muito presente porque as pessoas acham que sol é uma coisa e claridade é outra, quando não. As pessoas ainda têm aquela ideia de que ao ficar debaixo de uma tenda, por exemplo, estão se protegendo, quando na verdade continuam recebendo calor e a radiação ultravioleta refletida na areia da praia”, explica.
Sobre as micoses, o surgimento está relacionado à umidade excessiva. A médica dermatologista lembra que a pele é permeável, portanto, sair da piscina e usar uma roupa molhada faz com que a pele continue recebendo certo grau de umidade. “Em homens e mulheres, as micoses costumam surgir principalmente na virilha. Já em alguns homens, entre os dedos. A melhor medida de prevenção é trocar a roupa ou o sapato molhado”, ressalta.
Já a brotoeja – uma dermatite inflamatória causada pelo excesso de calor e suor que leva ao aparecimento de bolinhas na pele que podem coçar – podem acometer principalmente trabalhadores ambulantes, motoristas de aplicativos e agentes de segurança pública expostos ao sol com roupas pesadas, alerta Simões. “Para amenizar, um banho gelado melhora consideravelmente a brotoeja. O tratamento deve considerar característica das lesões e local, portanto, é necessário procurar atendimento médico especializado”, pontua.
Em relação ao bicho geográfico, uma inflamação cutânea em resposta a penetração de vermes na pele, a dermatologista ressalta que é impossível realizar a prevenção. Nas praias, por exemplo, onde circulam animais domésticos como gatos e cachorros, ela reforça que de nada adianta colocar a toalha de banho na areia e deitar por cima. “Uma vez reconhecido o quadro, o tratamento é feito com drogas antiparasitárias, é preciso buscar orientação médica especializada também”.
Por último, Adriana Simões ressalta que o impetigo é mais difícil de tratar, sendo necessário buscar atendimento médico especializado assim que diagnosticado. “É uma contaminação bacteriana que acomete principalmente crianças e idosos e está mais suscetível à condição climática”, disse.