Os credores
da TNG aprovaram o plano de recuperação judicial com garantia de manter as
lojas da rede nos shoppings -a empresa enfrenta ações de despejo. As partes
agora aguardam a homologação do juiz, que deve sair nos próximos dias.
A varejista
de moda, um dos setores mais afetados pela pandemia, entrou com pedido de
recuperação em maio do ano passado. A empresa de Tito Bessa Jr. acumula cerca
de R$ 250 milhões em dívidas.
“Foi a
maneira que encontramos para fazer um recomeço do zero, para consertar o avião
em pleno voo”, afirmou o empresário, em entrevista à coluna Painel S.A. na
época, após o anúncio.
De acordo
com o escritório Moraes Jr Advogados, que representa a TNG no processo, a
negociação envolve descontos de quase 90% e carência de até dois anos para o
início do pagamento. Há exceções dependendo da classe do credor e do valor a
receber.
Os
funcionários vão receber metade dos valores devidos em até um ano após a
homologação do plano. Para quem a TNG deve até R$ 3.000, a dívida será quitada
integralmente em 90 dias.
O principal
ponto discutido no plano de recuperação foi a manutenção dos pontos nos
shoppings. A rede de moda afirma que o processo vai dar fôlego para aproveitar
o crescimento das vendas deste ano.
Durante a pandemia,
a TNG fechou 70 de suas 180 lojas e demitiu cerca de 730 funcionários. Os
pontos de venda da marca fecharam por 150 dias em 2020 e por 50 dias em 2021,
em razão das medidas de restrição para evitar o contágio por coronavírus.
Segundo a
marca, com mais de três décadas no mercado, apesar do reforço no canal de
vendas online, nos últimos dois anos houve queda de pelo menos 30% da sua
receita.