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Microneurocirurgia aumenta segurança de médicos e pacientes

Microneurocirurgia aumenta segurança de médicos e pacientes

É sabido que cirurgias realizadas no cérebro são muito delicadas e complexas, por isso, o neurocirurgião precisa ser altamente hábil e assertivo para obter o resultado desejado.

Dentro desse contexto, a medicina vem avançando na busca por equipamentos tecnológicos que auxiliem os especialistas nas diversas etapas do tratamento de seus pacientes, desde o diagnóstico até a cirurgia propriamente dita.

E há muitos avanços, entre os quais destaca-se a microneurocirurgia. Apesar de já ser utilizada desde as décadas de 1950 e 1960, a técnica, que faz uso de microscópios cirúrgicos para o tratamento de lesões neurológicas, vem se desenvolvendo ao longo do tempo.

“Ela alia a capacidade de magnificação desses microscópios de última geração com o constante avanço do conhecimento microneurocirúrgico, cujo objetivo é aumentar a efetividade e segurança do tratamento dessas doenças.”, explica o neurocirurgião Carlos Lobão.

O médico ressalta que a microneurocirurgia requer um constante aperfeiçoamento técnico, pois é um recurso capaz de lidar com doenças graves que afetam locais delicados do sistema nervoso central e periférico.

É por isso que, atualmente, as lentes de aumento do microscópio tornaram-se mais potentes, com fontes de iluminação mais modernas e equipamentos de vídeo cada vez mais nítidos. Assim, o neurocirurgião e sua equipe têm sua capacidade de visão aumentada para realizar a cirurgia com mais segurança.

Foi como ocorreu com o policial penal Elias Brito, de 45 anos, e com a assistente social Valdirene Gomes, 56. Ambos foram submetidos à microneurocirurgia para retirar cânceres do cérebro.

Elias começou a sentir dor de cabeça intensa em março deste ano, a ponto de ter convulsão e desmaiar. Procurou ajuda médica e os exames detectaram dois tumores na cabeça. Passou por duas cirurgias e hoje se recupera em casa. Agora, aguarda pela radioterapia, a segunda parte do tratamento. “Estou me recuperando bem, graças a Deus. Não sinto mais dor de cabeça.”, relata.

Valdirene Gomes passou pela microneurocirurgia há pouco mais de um mês. Descobriu o câncer no cérebro depois de, segundo conta, sentir uns estalos na cabeça. Ela, que já fazia tratamento oncológico desde 2018 por causa de um câncer no pulmão, foi orientada a procurar um especialista. Fez os exames de imagem e veio o diagnóstico.

“Estou me recuperando bem, levando uma vida normal. Já voltei ao trabalho, claro que com cautela, mas eu me senti muito segura e muito à vontade para retornar. Estou em acompanhamento médico e tomando todos os cuidados necessários.”, destaca.

O neurocirurgião explica que com o detalhado conhecimento microanatômico e o constante aperfeiçoamento técnico, por meio da microneurocirurgia, o especialista pode verificar estruturas complexas e profundas. “Como as localizadas na base do crânio, na profundidade do cérebro, na órbita e face e em outras regiões com estruturas neurais delicadas.”, exemplifica.

Vale ressaltar que as microneurocirurgias são indicadas também para o tratamento de tumores da base do crânio, aneurismas cerebrais, malformações neurológicas, doenças da coluna vertebral (como compressões neurais), hérnias de disco, tumores da coluna e medula, casos selecionados de epilepsia, doenças dos nervos periféricos, dentre outras.

Créditos
Com informações da Agência NRT / Iva Muniz
Foto: Divulgação