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De virada, Papão supera Chape

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu
Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

De virada, Papão supera Chape

Com dois golaços e uma atuação equilibrada e agressiva, o PSC derrotou a Chapecoense por 2 a 1, ontem à tarde, na Arena Condá, e saltou da 17ª posição para a 13ª na Série B. Uma vitória maiúscula, centrada no bom futebol que a equipe apresentou em grande parte do jogo e pela performance de dois jogadores: Leandro Vilela e Netinho.

No início, o Papão parecia à vontade, controlando a posse de bola. De repente, a Chapecoense investiu contra a área bicolor e abriu o placar. Em jogada de Giovanni Augusto, Marcinho foi vencendo a vigilância dos zagueiros e marcou o gol, aos 15 minutos. Falha de marcação do miolo de zaga bicolor.

A equipe paraense já havia feito a primeira substituição. O lateral direito Edilson se lesionou e foi substituído por Michel Macedo.

O Papão não alterou a maneira de jogar, recorrendo a várias alternativas para se aproximar da área da Chape, que se defendia em bloco. Aos 41’, depois de um escanteio, a bola chegou a Jean Dias, que devolve para o interior da área. Esli Garcia tenta cabecear, mas a bola saiu pelo fundo.

O empate saiu aos 45’, através do volante Leandro Vilela, e foi uma pintura. Ele recebeu bom passe de Jean Dias junto à linha da grande área e mandou a bola no ângulo direito, sem qualquer chance de defesa.

O 2º tempo começou com o PSC impondo pressão para virar o placar, mas foi a Chape que quase desempatou. Marcinho superou Michel Macedo na corrida e quase da linha de fundo cruzou rasteiro. Thomás finalizou, mas a bola bateu em Quintana.

A resposta bicolor foi imediata. Aos 4 minutos, o ponta Jean Dias passou pela marcação e bateu cruzado, com muito perigo, assustando a Chape. O jogo era movimentado, aberto e interessante.

Aos 7’, Juninho teve nos pés uma boa chance de virar o jogo. Após belo passe de Michel Macedo, substituiu Edilson, o meia mirou o gol de Cavichioli, mas o chute saiu torto, sem perigo. Intenção boa, execução ruim.

Em exibição novamente destacada, Jean Dias se insinuou no ataque e levou vantagem sobre a marcação. Aos 9 minutos, ele cruza na área e o atacante Nicolas tenta o cabeceio, mas a bola sai pela linha de fundo.

Aos 12’, uma mudança importante. Esli García foi substituído por Edinho, ampliando a força de ataque pelos lados do campo. Aos 27’, o PSC quase desempatou. O volante Netinho solta uma bomba em cobrança de falta. Cavichioli fez uma bela defesa.

Oito minutos depois, porém, não deu para segurar. O mesmo Netinho iria coroar sua boa atuação, assinalando o gol da vitória – e que gol! Ele avançou da intermediária até a entrada da área, passou o pé sobre a bola e disparou um chute perfeito, no ângulo direito da trave de Cavichioli. O goleiro se esticou todo, mas não alcançou a bola. Golaço.

A Chape ainda tentou chegar ao empate, mas o Papão soube controlar as ações e garantiu sua segunda vitória fora de casa, importantíssima na luta para se recuperar dentro da competição.

Confiante, Leão busca triunfo diante do ABC

O adversário tem um ponto a menos que o Remo, mas vem pressionado por uma derrota para o Volta Redonda em Natal e tenta a reabilitação. As circunstâncias do confronto podem favorecer o Leão, que tem atuado bem sob o comando de Rodrigo Santana.

Com nenhuma mudança na escalação do time, que é a mesma desde a partida contra o Sampaio Corrêa, o Leão tende a evoluir nas ações coletivas. O início do jogo vai dar a medida da postura da equipe. Para quem ainda sonha com a classificação, atacar é fundamental.

Restam 10 rodadas nesta fase da Série C. Com 10 pontos, o Remo precisa conquistar pelo menos 20 dos 30 pontos em disputa. É uma tarefa desafiadora, que vai exigir do time a mesma postura determinada dos últimos jogos, principalmente quanto à performance do trio de atacantes: Marco Antônio, Jaderson e Ytalo.

Com arbitragens caolhas, Mengão avança sem freios

Bruno Henrique vem se especializando, com a doce ajuda dos árbitros, a se tornar o maior cavador de pênaltis do futebol mundial. Havia tentado enganar contra o Grêmio, mas não colou. Ontem, diante do Fluminense, finalmente deu tudo certinho.

O atacante empurra Calegari nas fuças do árbitro, o lance prossegue e ele tropeça nas pernas do tricolor. Final feliz para ele. Pênalti marcado, inapelavelmente, sem que o VAR aconselhasse a revisão.

Vale lembrar que, na rodada passada, diante do Bahia, Gabigol deu um pescoção em Gilberto, que cai. Agressão clara, para expulsão. O notório árbitro Bráulio Machado (Fifa-SC) fingiu não ver – e o VAR não interferiu.

Da forma como este Brasileiro vai se desenhando, não há mais dúvida: o Fla é mesmo um fortíssimo candidato ao título – por razões óbvias.

Brasil estreia na Copa América contra modesta Costa Rica

Contra a Costa Rica, o Brasil estreia hoje à noite na Copa América, nos Estados Unidos. O torneio continental apresenta um cenário novo para o escrete canarinho: depois de décadas, o favoritismo não mais pertence aos pentacampeões do mundo. A Argentina, campeã mundial e da última Copa América, é a principal cotada para o título.

Essa condição pode ajudar Dorival Júnior a construir uma campanha sem cobranças excessivas, que pode permitir à nova formação ir engrenando ao longo das etapas da competição. O ataque com Vinícius, Rodrigo e Raphinha está praticamente confirmado.

Mesmo sem favoritismo, vencer a Costa Rica – e vencer bem – é mais do que uma obrigação. Afinal, o adversário é da quinta prateleira do futebol e não pode de maneira alguma atrapalhar o escrete.