Pará

Crimes virtuais crescem no Estado do Pará

O BC (Banco Central) informou no início da noite desta sexta-feira (8) que a Caixa Econômica Federal sofreu vazamento de dados pessoais vinculados a chaves Pix.
O BC (Banco Central) informou no início da noite desta sexta-feira (8) que a Caixa Econômica Federal sofreu vazamento de dados pessoais vinculados a chaves Pix.

Luiz Flávio

Levantamento da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) mostra que em 2022 foram registrados 13.391 casos de crimes virtuais, número que subiu para 17.121 ocorrências do mesmo delito em 2023, o que representa um aumento de cerca de 28% no número de registros entre um ano e outro. Entre os golpes mais frequentes, estão cartão clonado, pix e golpes aplicados em redes sociais. De janeiro a maio deste ano, foram registrados 6.694 casos de golpes virtuais em todo o Estado.

E a maioria desses golpes ocorrem através dos smartphones. Presente na vida de quase todos os brasileiros, o celular tornou-se um dispositivo fundamental para o dia a dia, não apenas para as chamadas telefônicas, como também para outros usos, como fotos, agenda, GPS, redes sociais e até transações bancárias disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana. Tanta praticidade atrai a atenção dos bandidos.

As abordagens que ocorrem por ligações, e-mails, SMS, mensagens em aplicativos usam técnicas para enganar o indivíduo e fazer com que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões induzindo a falsos procedimentos de segurança e transações financeiras para o golpista.

“O cliente deve tomar muito cuidado com ligações recebidas de estranhos, pedidos de dinheiro, mensagens em e-mails, SMS e aplicativos de mensagens, promoções tentadoras com produtos muito abaixo do preço e promessas de ganho fácil. Pare, pense e desconfie sempre, porque pode ser golpe”, afirma José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Ele reforça que nunca os bancos nunca ligam e pedem para que clientes façam estorno de transação, transferências, Pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta.

Sobre os aplicativos bancários, a Febraban informa que eles são seguros e os dados de uso não ficam armazenados nos aparelhos. “Os aplicativos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização”, diz Gomes.

Não há registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto. Para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente. Além disso, as transações estão protegidas por token, biometria facial/digital ou outro fator de segurança randômico que o banco do cliente ofereça.

A Febraban orienta que seus clientes utilizem sempre as ferramentas de segurança disponíveis em seu celular, tais como bloqueio de tela inicial, biometria facial/digital e o bloqueio automático de tela. Além disso, a federação recomenda que o cliente baixe o aplicativo Celular Seguro, do Ministério da Justiça, uma nova ferramenta que foi desenvolvida para combater fraudes de forma rápida por meio do bloqueio de aparelhos celulares em casos de perdas, furtos e roubos. Os bancos e sua operadora telefônica são alertados, bloqueiam o acesso remoto às contas e ao sinal do aparelho.