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Quadrilha de SP adulterava Whey Protein e outros suplementos

REPRODUÇÃO/SSP
REPRODUÇÃO/SSP

Uma operação da 3ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes Financeiras e Econômicas do Deic de São Paulo revelou um esquema criminoso de adulteração de whey protein e outros suplementos de academia, envolvendo um empresário de São Paulo e pelo menos quatro pessoas.

O grupo é acusado de falsificar a data de validade e manipular os suplementos para mascarar o aspecto de produto vencido. Em uma conversa interceptada, o empresário José Roberto Adriano Ferreira de Assis, conhecido como Betão do Whey e apontado como o mentor do esquema, refere-se à mercadoria como “miolo de rato”.

“Eu que vou ficar com essa bomba aí? Chega aqui, tá até com miolo de rato dentro”, foi um dos trechos da conversa interceptada pela polícia sobre a fala de Betão a um interlocutor.

A defesa de Betão afirmou que a frase foi “tirada do contexto” e que ele não tem interferência na produção do suplemento. “Ele não fabrica nada, apenas compra e revende,” disse o advogado Fabio Ferraz.

Betão e outras quatro pessoas foram presas no dia 20 de maio. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os envolvidos encomendavam suplementos com data de validade próxima ao vencimento, alteravam as embalagens e trituravam produtos empedrados para que voltassem à condição original. Os produtos eram reembalados e vendidos a preços menores do que os do mercado.

Os agentes apreenderam diversos produtos com datas de validade expiradas ou prestes a vencer, além de equipamentos para remarcar embalagens e instrumentos para adulteração. Em áudios divulgados, Betão comentava sobre o esquema com outro integrante da quadrilha: “Eu virei o lixão. Todo mundo me procura para vender coisa estourada já.”

A segunda fase da operação busca responsabilizar as empresas e pessoas que forneciam os produtos a Betão. A Anvisa também vai investigar o caso.

O empresário José Roberto Adriano Ferreira de Assis,  foi solto por decisão da Justiça. Seu advogado negou envolvimento no esquema criminoso, afirmando que Betão apenas revende produtos comprados do fabricante e que os produtos vencidos em seu estoque não foram comercializados. A operação expôs um esquema de adulteração de suplementos, com implicações sérias para a saúde pública. A continuidade das investigações é crucial para garantir a responsabilização dos envolvidos e a segurança dos consumidores.

 

(Com informações do Portal Metrópoles)