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Postura ofensiva é o retrato do Paysandu, diz Hélio dos Anjos

Nildo Lima

O técnico Hélio dos Anjos enalteceu, na entrevista pós-jogo, a postura ofensiva do Paysandu na vitória, por 2 a 0, da última terça-feira, contra o até então invicto América-MG, na Curuzu. O treinador ressaltou que apesar da 1ª vitória do time já estar assegurada, o Papão não abdicou de jogar no ataque até o final da partida. A prova maior da disposição agressiva de sua equipe, segundo Dos Anjos, se deu aos 41 minutos do 2ª tempo, quando o time bicolor teve um pênalti a seu favor sofrido e desperdiçado pelo atacante Nicolas, que executou a cobrança de forma displicente, permitindo a defesa do goleiro.

De acordo com Dos Anjos, essa tem sido a postura do Paysandu desde que ele assumiu o comando da equipe. “O retrato do time do Paysandu é a jogada do pênalti. Com 40 e tantos minutos do 2º tempo, marcamos pressão dentro da pequena área do adversário. Roubamos a bola dentro da grande área do adversário. O Ruan (Ribeiro) roubou e chegou ao Nicolas. Quer dizer, é o nosso retrato”, comentou o técnico, afirmando ser isso fruto da estratégia de jogo montada por ele e executada pela equipe, alvo de algumas críticas.

“Nós vamos jogar sempre assim. Vai falar de linha alta, vai falar disso, falar daquilo, mas essa linha alta, essa concepção, esse modelo de jogo em onze meses e cinco dias já nos rendeu três títulos”, declarou o treinador, se referindo, na verdade, a duas conquistas, a do Parazão e a da Copa Verde, além do acesso à Série B. Apesar dos elogios ao comportamento do grupo que dirige, Dos Anjos não ficou de todo satisfeito com o total da apresentação do Paysandu. “Acho que o meu time não foi bem tecnicamente no primeiro tempo”, analisou. “Os passes não saíram”, constatou o treinador.

Dos Anjos voltou a falar sobre o prejuízo sofrido pelo Paysandu nas partidas em que teve jogadores expulsos de campo, casos ocorridos diante do Botafogo-SP, Avaí-SC, Goiás-GO e Amazonas-AM, quando, pela ordem, Bryan Borges, Quintana, Edilson e Crystopher, receberam cartões vermelhos. “Ninguém pode falar que seria diferente, mas pelas características do nosso jogo, se tivéssemos com o time completo no segundo tempo, faríamos o que fizemos hoje (terça-feira) aqui (na Curuzu)”, salientou.

O comandante do Papão fez uma previsão para os próximos jogos de seu time no Brasileiro. “Não dá para ficar falando tanto, mas se sair para o embate com a gente, (o adversário) vai sofrer aqui dentro e vai sofrer dentro de casa também”, previu Dos Anjos, que começa a preparar, hoje, sua equipe para o jogo de segunda-feira, contra o Sport-PE, em São Lourenço da Mata, na grande Recife.