Pará

Com R$ 300 milhões, Pará encaminha maior venda do crédito de carbono da história

Afirmação do governador paraense ocorreu durante o seminário promovido pelo jornal Folha de São Paulo. Foto: Marco Santos/Ag. Pará
Afirmação do governador paraense ocorreu durante o seminário promovido pelo jornal Folha de São Paulo. Foto: Marco Santos/Ag. Pará

Em São Paulo, o governador Helder Barbalho participou, nesta segunda-feira (03), do seminário “Meio ambiente: resiliência climática e descarbonização”, promovido pelo jornal Folha de São Paulo. Na oportunidade, o chefe do Poder Executivo Estadual paraense cravou que o Estado está em negociações avançadas para realizar a maior comercialização de créditos de carbono da história.

“A negociação do Estado do Pará ultrapassará 300 milhões de reais. Isso significa que nós estaremos transformando o crédito de carbono numa comercialização que reverterá estes recursos para as comunidades tradicionais, para povos indígenas, para povos quilombolas, para povos extrativistas, para povos ribeirinhos, para a agricultura familiar e a menor fatia caberá ao ente público, ao Estado”, informou Helder Barbalho.

“Mas o Estado estará obrigado a reverter estes recursos, exclusivamente, para a aplicação na política de redução de emissões, para continuar a jornada de redução de emissões e descarbonização do Estado do Pará. Portanto, nós estamos efetivamente imbuídos em garantir com que um Estado, que no passado foi o maior emissor do Brasil, possa reverter este conceito, esta lógica”, completou o governador paraense.

O governador Helder Barbalho detalhou que, atualmente, o Governo do Pará já projeta estoque para o mercado de carbono de 150 milhões de toneladas para serem comercializados até 2026. O governador detalhou que o Estado já está na fase final da primeira negociação, que deverá acontecer agora no segundo semestre de 2024, no melhor preço de comercialização de carbono em sistema jurisdicional do Brasil e do mundo.

“Estamos falando de $ 15 dólares do piso de preço para comercialização de tonelada e o Estado deverá fechar a primeira comercialização de 5 milhões de toneladas, que será a maior comercialização da história já existente em sistema jurisdicional por um ente público”; detalhou.

O governador também afirmou que a descarbonização do Pará passa pelo controle dos desmatamentos e, consequentemente, políticas públicas voltadas ao uso equilibrado e socioambiental do solo.