O cartão de crédito continua sendo o grande vilão do endividamento dos paraenses, segundo a pesquisa chamada “Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)” realizada pela Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio/Pará). Os números mostram que 79% dos paraenses estão endividados. Desses, 80,7% estão no vermelho por causa do cartão de crédito. Os carnês complicam a vida de 16% da população do Pará e o crédito consignado, 12,7%.
Segundo a Educadora Financeira Ana Ferrari, para evitarmos o endividamento com cartões de crédito devemos evitar pagar mínimos parcelados em longo prazo sem as devidas anotações. “Indico ter um orçamento doméstico com valores estabelecidos de acordo com as receitas líquidas, onde se limita os gastos de cartão a 30%. Sempre estabelecendo metas semanais de uso, usando como débito, ao invés de parcelar”, afirma.
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Os ganhos mensais é que devem ser considerados. “Segundo o Banco Central, deve-se obedecer esse limite. Considerar o ganho mensal líquido da família, não ultrapassar o limite e não ter muitos cartões em várias operadoras para não se perder o controle. Indico apenas um cartão que tenha vários benefícios tais como milhagem, cash back e outros serviços”, orienta. “Quando se tem muitas compras, pode juntar ou acumular várias parcelas e comprometer o salário mensal da família”, pontua.
Matheus Henrique, 24 anos, atendente, utiliza bastante o cartão de crédito, mas seu limite é de acordo com sua renda. “Eu tenho um certo controle com meu cartão de crédito, meu limite corresponde com o que eu posso pagar. Uso mais para compras grandes e também para alimentação. Porque é o que eu faço durante o mês como compra grande no supermercado”, conta.
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Tomé Rodrigues, 62, comerciante, diz que não usa muito o cartão. “Uso quando preciso fazer uma compra grande, como um móvel ou eletrodoméstico para casa. Tenho optado por fazer minhas compras à vista, para não ter endividamentos futuros”, esclarece.
Marcelle Pereira, 38, panfleteira, possui três cartões de crédito e consegue estourar o limite todo o mês. “Eu costumo gastar com alimentação para as necessidades de casa, comprar peças da moto e também pagar uma dívida que fizeram no meu cartão. Emprestei meu cartão para uma conhecida que acabou sacando o limite de R$ 2 mil e ficou para eu pagar. Cheguei a pegar outro cartão para tentar cobrir a dívida do outro. Acabou se tornando uma bola de neve, o auxílio emergencial tem me ajudado muito com o endividamento”, relata.