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China oferece casal de pandas nos 50 anos das relações com Brasil

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NELSON DE SÁ

PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – Negociadores brasileiros e chineses estão em conversas há meses, para novos passos na relação econômica e estratégica bilateral, ainda sem avanço maior para apresentar. As negociações envolvem agora um ato simbólico: o envio de um casal de pandas para um zoológico brasileiro, eventualmente o de São Paulo.
A possibilidade foi levantada pelo lado chinês nas últimas semanas, questionando se o lado brasileiro confirmava o interesse expresso informalmente durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, há pouco mais de um ano.
Até onde foi possível checar, também nesse ponto ainda não há definição por parte do governo brasileiro.
Em agosto, os dois países completam 50 anos de relações diplomáticas, daí a atenção às conversas. Na semana que vem, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, e outros ministros, além de cem empresários, participam em Pequim da reunião da Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação).
E em novembro o líder Xi Jinping deve fazer uma visita de Estado a Brasília, antes ou depois da cúpula do G20 –grupo que reúne as maiores economias do mundo, entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. O encontro do G20, presidido neste ano pelo Brasil, será no Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna.
A chamada diplomacia do panda é tradicional na China, antecedendo a própria República Popular. Em 1972, após a mulher do presidente Richard Nixon falar do animal durante jantar em Pequim, um casal foi presenteado para marcar a aproximação dos dois países. Ling-Ling and Hsing-Hsing ficaram duas décadas no Zoológico Nacional, do Smithsonian, em Washington.
O panda-gigante é classificado como onívoro, mas se alimenta quase unicamente de bambu.