Wal Sarges
Dizem que a arte tem o poder de salvar as pessoas, no caso do cantor Júnior, ela foi seu alimento durante toda a vida e o reinventou. Em carreira solo, aos 40 anos, o irmão de Sandy mostra que o tempo deu a ele o tempero que precisava para apresentar um trabalho com a sua marca. Em “Solo”, ele traz ao público o volume 2 de um projeto maduro e versátil, sem deixar sua essência de lado. A faixa “Seus Planos” vem com um clipe e, nele, o impacto da dança e do ritmo que o acompanham desde o início de sua trajetória musical. O lançamento oficial do álbum ocorre logo nos primeiros minutos desta quinta-feira, 23.
O cantor concedeu entrevista para o Você e conversou sobre o processo de criação das composições, dando detalhes sobre o “volume 2” de seu álbum, sete meses após o lançamento do “volume 1”. Para ele, este momento tem o mesmo sabor de quando lançou o primeiro da sequência.
“O processo do disco começou ainda em 2020 e foi feito de uma vez só. Então é um sentimento de realização mesmo, de jogar para o mundo um trabalho que demandou um processo longo, tem um alívio até e, agora, a gente pode pensar em shows, que é uma coisa que eu gosto muito. É um momento muito gostoso e a recepção tem sido muito incrível por parte do público, que esperava por esse trabalho. Entendo que é um processo que ainda vai se estabelecer e poder furar a bolha e alcançar outros públicos, mas tem sido muito gratificante a resposta das pessoas”, disse ele, completando que adoraria fazer um show em Belém contemplando as músicas do disco novo.
O artista contou que está comemorando a receptividade do clipe “Seus Planos”, que chega junto com o disco completo. “Foi uma música que repercutiu muito bem para o meu público e acredito que foi um acerto. Mais do que isso, o acerto é a realização, fazer um som que eu me sinta traduzido, mostrando uma sonoridade que eu gostaria de representar. Acho que cheguei a um lugar que eu gostaria lá atrás, antes de começar a produzir, quando ainda era uma coisa misteriosa. Olhando para trás, me sinto satisfeito onde cheguei”, considerou.
Júnior é um apaixonado por vinil, com uma numerosa coleção, e se dependesse de sua paixão, ele diz que estaria garantido o disco nesse formato. “Eu tenho a intenção de lançar em vinil e eu sou um entusiasta disso, mas não depende só de mim, tem a distribuidora, então depende do ‘time’ dela, mas a minha próxima conversa com eles será a respeito disso (risos)”.
Quanto a novidades do segundo volume, ele apresenta outras influências que não apareceram tanto no primeiro volume. “Acho que agora, elas surgem de forma mais escancaradas, que é a influência do rock no pop. Contempla músicas mais lentas, como é o caso de ‘Seus Planos’, que tem ainda uma pegada mais urbana. A sonoridade dele tem mais elementos de instrumentos orgânicos, tipo a bateria; tem outra com o violão, que não tem no volume 1. Então, ele acaba abraçando outras influências que foram muito importantes na minha construção e formação musical e também mexe em alguns assuntos talvez um pouco mais espinhosos. Tem esse lugar de atitude, além de solos de guitarra, influências de rock, mas ainda é um disco pop”, descreveu.