Pesquisas apontam que cerca de 65% a 80% das pessoas, no mundo, apresentam dor lombar em algum período da vida. Se por um lado, há casos em que a dor desaparece de forma espontânea, por outro, há quem conviva com esse desconforto por longo tempo. Outros até podem apresentar alguma incapacidade que acaba afetando a realização de suas tarefas do dia a dia.
De acordo com o neurocirurgião Aírton Araújo, do Hospital Maradei, a lombalgia localiza-se na região da coluna lombar inferior, perto da bacia, podendo se manifestar por meio de dor durante a movimentação e por contraturas musculares. “Quando os sintomas ficarem recorrentes e causarem incapacidade para realização das atividades diárias, é necessário procurar o médico.”, orienta.
Tratamentos para a lombalgia
Ouvir um especialista é importante porque, com um diagnóstico preciso, é possível saber o que pode estar causando o desconforto e realizar o tratamento com maior eficiência. Aírton Araújo destaca que há inúmeras formas de tratar a dor lombar.
Pode ser com fisioterapia motora, hidroterapia, exercícios de pilates, musculação terapêutica e acupuntura, no contexto do tratamento conservador. “O tratamento da lombalgia é multidisciplinar e todas as formas se relacionam. Cada paciente se torna individualizado.”, explica o neurocirurgião.
Além do tratamento conservador, o médico ressalta que há casos em que o tratamento cirúrgico é necessário e é utilizado para controle de dor e no tratamento de alterações discais. Entre essas cirurgias, ele cita a infiltração articular e a foraminal, que consiste em uma injeção com medicamentos na região da coluna ou das articulações.
Há também a endoscopia de coluna, considerada uma cirurgia de ponta, utilizada principalmente para tratamento de hérnia de disco e de compressões neurológicas da coluna. E há a artrodese lombar, cirurgia que tem por objetivo estabilizar a coluna e diminuir a dor.
Aumento de casos de lombalgia no Brasil
No ano passado, uma pesquisa apontou que os casos de lombalgia no Brasil têm aumentado ao longo dos últimos anos. O médico acredita que esse acréscimo é motivado principalmente pelo estilo de vida da população. “A obesidade, a falta de exercício físico e, em alguns casos, os treinos com má instrução também podem ocasionar a lombalgia.”, destaca o neurocirurgião.
E o que pode acontecer com a pessoa que demora a procurar tratamento especializado? “Dependendo da causa da lombalgia, ela pode ficar com limitações na vida diária, a dor pode se tornar crônica, além de apresentar déficits motores e sensitivos.”, detalha o neurocirurgião.
Para prevenir a dor, ele orienta praticar exercícios físicos (com acompanhamento profissional), evitar o sedentarismo, o tabagismo, manter o peso adequado e prestar atenção na postura.
Créditos
Com informações da NRT/Iva Muniz
Foto: Divulgação