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Jogo do Remo foi bom só para os ambulantes

Jogo do Remo foi bom só para os ambulantes Jogo do Remo foi bom só para os ambulantes Jogo do Remo foi bom só para os ambulantes Jogo do Remo foi bom só para os ambulantes
 Ambulantes chegaram cedo para aproveitar o “esquenta” pré-jogo. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará
Ambulantes chegaram cedo para aproveitar o “esquenta” pré-jogo. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará

Ana Laura Costa

Dia de jogo na cidade é sempre uma boa oportunidade de renda extra para quem é ambulante. Neste domingo (19), muito antes da partida entre Remo e Tombense, pela 5ª rodada da Série C do Brasileiro, no estádio do Baenão, em Belém, muitos ambulantes já se aqueciam para as vendas.

De acordo com alguns ambulantes, antes e depois da partida são os momentos cruciais para faturar uma grana extra. Por isso, o ambulante Demerson Coelho, de 45 anos, chegou ao entorno do estádio por volta de 8h para vender uma variedade de camisas do Remo, que varia entre R$30 a R$50. Há 30 anos no ofício, o vendedor comenta que não tem ponto certo, a bola só precisa estar rolando em algum estádio da capital paraense.

“É claro que quando o time ganha, isso influencia nas vendas. Quando o time está ganhando fica muito bom, porque as pessoas se empolgam. Mas, bom mesmo é quando os dois times estão em alta, o que não está acontecendo”, ressalta.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará tem 3,7 milhões de pessoas ocupadas, destes, cerca de 2,1 milhões são trabalhadores informais.

Assim como Demerson, a vendedora de churrasquinhos, Rosana Farias, 20 anos, também comenta que chegou bem antes da partida, às 13h, para garantir seu espaço e aproveitar o movimento dos torcedores que se antecipavam. “A venda está boa, está dando para faturar bastante. Como a gente ainda tem uma hora para ficar aqui após o jogo, dá para suprir a expectativas ainda”, afirmava.

Há 15 anos, a ambulante Tatiana Costa, 43 anos, trabalha com a venda de bebidas. Moradora do bairro do Marco, ela ressalta que mesmo antes da bola rolar em campo, os torcedores já fazem a festa pelas redondezas e ela precisa aproveitar o embalo. “Por isso chego cedo, até para tirar uma grana bacana. E a gente torce para que a vitória venha, né? Porque aí conseguimos faturar mais. Mas mesmo que não ganhe, as pessoas ainda ficam por aqui. E por volta de 20h, volto para minha casa”, dizia, ainda antes do placar final da partida, que terminou em um indigesto empate por 1 a 1.