No dia 10 de maio, comemora-se o Dia Mundial do Lúpus, uma data que destaca os desafios enfrentados por aqueles que vivem com essa condição. O lúpus eritematoso sistêmico é uma enfermidade crônica e autoimune, na qual o sistema imunológico ataca as células do próprio organismo, resultando em lesões tanto na pele quanto em órgãos internos, como rins, fígado e coração. A ocasião ressalta a importância de aprimorar os serviços de saúde destinados aos pacientes, impulsionar a pesquisa para compreender suas origens e encontrar uma cura, além de promover o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz.
Falar sobre a doença é muito importante, uma vez que é uma doença complexa e de difícil. Por isso, também é fundamental melhorar a coleta de dados epidemiológicos em nível global e direcionar mais recursos para aliviar o sofrimento das mais de cinco milhões de pessoas afetadas por essa condição.
Por ser uma doença complexa, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) alerta, nesta Semana Mundial de Conscientização e Combate ao Lúpus, que o controle e o tratamento começam pela conscientização do paciente sobre a doença e seus sintomas. No Pará, a A Associação Paraense de Pessoas com Lúpus (APPL), uma entidade criada para apoiar pessoas com Lúpus realiza uma programação na Santa Casa de Misericórdia sobre a conscientização do Lúpus na manhã desta sexta-feira, 10 de maio.
“A precocidade do diagnóstico é extremamente importante para um tratamento adequado, e pode determinar uma melhor resposta clínica”, afirma o reumatologista Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que estima que o Lúpus afeta entre 150 mil a 300 mil pessoas no Brasil, principalmente mulheres jovens. É também uma das principais causas de internação hospitalar entre as doenças reumáticas, mesmo não existindo ainda nenhum mapeamento oficial nacional que revele os números da doença no país.
Existem dois tipos principais de lúpus reconhecidos: o cutâneo, caracterizado por manchas na pele, geralmente vermelhas, que surgem principalmente em áreas expostas à luz solar, como rosto, orelhas, colo e braços; e o sistêmico, que afeta um ou mais órgãos internos.
O tratamento do Lúpus depende muito do tipo de manifestação apresentada pela doença e deve ser individualizado, esclarece Rocha Loures. “A pessoa com Lúpus tem, habitualmente, fases em que apresenta mais sintomas, chamados de `períodos de atividade´ da inflamação e, outros momentos, nos quais a pessoa fica sem nenhum tipo de manifestação da doença, chamado de `período de remissão´, ressalta o especialista.
Cenário da doença:
- Estima-se que entre 150 mil a 300 mil pessoas no Brasil têm Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).
- A prevalência da doença é mais alta em mulheres, principalmente, na faixa etária entre 20 e 45 anos. Porém pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e raça.
- São reconhecidos dois tipos principais de Lúpus: exclusivo de pele ou Lúpus cutâneo, que tem como sintomas o de manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas) e Lúpus sistêmico, no qual múltiplos órgãos podem ser acometidos.
- O diagnóstico do LES é feito pelo médico reumatologista, que reconhece os sintomas característicos da doença, com associação a exames específicos, principalmente os distúrbios imunológicos próprios da doença.
- O melhor controle da doença depende da conscientização do paciente e sua aderência ao tratamento proposto.
- O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) não é contagioso.
(Com informações de Sociedade Brasileira de Reumatologia)