A paraense Claudelice da Silva Santos, de 42 anos, recebeu do Embaixador dos Países Baixos no Brasil, André Driessen, o Prêmio Tulipa de Direitos Humanos. A cerimônia de premiação ocorreu em Belém nesta segunda-feira (07) no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi.
O local foi escolhido pela própria ativista em virtude da parceria mantida entre pesquisadores da instituição e José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, irmão e cunhada de Claudelice respectivamente, brutalmente assassinados no município de Nova Ipixuna no ano de 2011.
José Cláudio e Maria foram lideranças destacadas na defesa da floresta, sendo pioneiros na criação de um modelo de reserva agroextrativista no Assentamento Praia Alta Piranheira, onde existe uma das últimas reservas de castanha-do-pará no sudeste paraense.
A preocupação com a conservação da biodiversidade os aproximou de pesquisadores do Museu Goeldi, que coletaram na gleba do casal diversos espécimes da flora e fauna, ainda hoje mantidos e estudados nas coleções científicas do Museu Goeldi.