Carol Menezes
Com a assinatura da ordem de serviço que autoriza o início das obras de construção da Nova Doca, o governo estadual deu nesta terça, 7 de maio, um dos passos mais importantes rumo à concretização das intervenções de estruturação de Belém para receber a programação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, que será sediada na capital paraense em novembro de 2025. O investimento, via convênio com a Itaipu Binacional, é de R$ 310 milhões.
O governador Helder Barbalho (MDB), acompanhado da primeira-dama, Daniela Barbalho, da vice-governadora Hana Ghassan (MDB) e diversas autoridades, participou do ato, realizado no início da noite em frente ao Porto Futuro, já próximo da avenida Boulevard Castilhos França.
O chefe do Executivo estadual enalteceu a parceria com o governo federal em tudo o que envolve a realização da COP 30 neste que, como dito por ele mesmo, será mais que um evento de duas semanas, e sim um movimento de quebra de paradigmas, de transformação da cidade e de garantia de legados que mudem para melhor a vida da população. Representantes do governo federal, estadual, além de deputados e vereadores também participaram do ato.
“Quem acha que estamos felizes porque vamos receber 180 presidentes, sheiks, reis, rainhas, está pensando pequeno. A COP da Floresta vai fazer o mundo olhar a Amazônia sob nova ótica. É isso que está em jogo, é a vida de 28 milhões de pessoas que moram aqui e precisam ser olhadas, vistas. Tenho que agradecer e reconhecer o gesto e a visão do presidente Lula”, declarou o governador.
OUTROS
Helder anunciou que além do parque linear/Nova Doca, haverá um investimento que totaliza R$ 1 bilhão e que inclui a pavimentação asfáltica em todos os bairros de Belém, além da duplicação da Estrada da Marinha, ligando a avenida Augusto Montenegro à rodovia dos Trabalhadores, criando um novo corredor de tráfego urbano. Ele lembrou que essas intervenções se somam a outras que já estão em andamento, também com foco em receber a COP 30 e ao mesmo tempo garantir um legado de infraestrutura, mobilidade e turismo para a capital.
A vice-governadora enalteceu o fato de que a Nova Doca significa também uma grande obra de saneamento e que vai gerar muitos empregos. “Quando Helder deu a ideia de Belém ser sede da COP foi ousado, mas é isso que faz a gente crescer e ir longe. Esta não é uma obra não só de embelezamento, vai trazer um ganho de décadas por todo o trabalho de saneamento envolvido”, explicou.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, também presente ao ato de assinatura da ordem de serviço, contou que foi o próprio presidente da República quem pediu para que ele estivesse em Belém ontem. “Preciso dizer da importância desse momento, que é o Para entrar no cenário do mundo, que agora reflete a crise do planeta, está frágil, com problemas climáticos gigantescos, isso tudo exige solução urgente. O que vai ocorrer em Belém ano que vem é que todos os líderes estarão aqui conhecendo a Amazônia, a história da Amazônia para construir o futuro. Quem vier para a COP não vai dizer que vem para o Brasil, e sim para o Pará. Este não é um evento de promessas, e sim de entrega de recursos”, finalizou.
A NOVA DOCA
l A Nova Doca vai transformar toda a Avenida Visconde de Souza Franco em mais um cartão-postal da capital paraense. Com a reconstrução, o local ganhará passarela metálica com mirante, quiosques para lanche, jardins de chuva, área para piquenique, espaço para eventos, espaço pet, urbanização viária, playground, academia ao ar livre e fonte interativa.
No canal, que mede 1.200 metros, serão desempenhados os serviços de pavimentação asfáltica, drenagem, esgotamento sanitário, paisagismo, urbanização e passarelas. As obras vão iniciar no perímetro entre as avenidas Marechal Hermes e Pedro Álvares Cabral.