Belém

Usuários protestam por mais ônibus entre Belém e Mosqueiro

Usuários precisam esperar muito pelos ônibus, que deveriam sair dos seus pontos em horários marcados. Foto: Antonio Melo
Usuários precisam esperar muito pelos ônibus, que deveriam sair dos seus pontos em horários marcados. Foto: Antonio Melo

Os usuários das linhas de ônibus de Mosqueiro realizaram mais um protesto na avenida Almirante Barroso, em Belém, no final da tarde de ontem (6), pedindo por mais veículos para atender a população. Os passageiros reclamam que a frota municipal conta com apenas seis ônibus para fazer toda a viagem do terminal de Belém até a ilha e voltar.

Os manifestantes também reclamaram dos constantes atrasos nos ônibus, que deveriam sair dos seus pontos em São Brás e Mosqueiro em horários marcados. O transporte fluvial, por sua vez, que fazia o trajeto Belém-Mosqueiro a partir do terminal hidroviário, está fora de circulação há dois meses.

“Mosqueiro está abandonada. A população acorda para trabalhar 4h, precisa de ônibus e quando não tem precisamos nos submeter às vans que colocam o valor que querem e como não temos o que fazer temos que pagar. Trabalho em Belém e preciso ir e voltar todo dia. Quem ganha um salário mínimo vai gastar quase R$ 30 todo dia. E vai comer o que na casa? Aí fica difícil pra todo trabalhador que mora em Mosqueiro. Aqui, quem perder o último ônibus, tem que pagar R$ 20 ou R$ 25 na van, preço que eles querem”, desabafou o morador Mariano Madson, administrador, 42 anos.

Em alguns casos, a baixa oferta de ônibus, sobretudo no fim de tarde, gera discussões acirradas e brigas entre os passageiros que tentam entrar no veículo.

“A gente fica esperando, são poucos ônibus, há relato de brigas de gente que se machucou porque ninguém respeita fila, e a segunda opção que seriam as vans cobram R$ 20 porque sabem que não tem ônibus. E tem dias que a gente não tem esse dinheiro e precisa dormir em Belém. É um absurdo isso. E a prefeitura não faz nada. Se tiver seis ônibus por dia pra Mosqueiro é muito”, declarou Ana Beatriz Santos, estudante de enfermagem de 19 anos, que mora em Santa Bárbara.

Outros usuários afirmam não entender por que a frota para a ilha só é reforçada em feriados e datas comemorativas, algo que poderia ser aplicado durante a semana para atender os moradores que precisam se deslocar para trabalhar em Belém. “Agora dia 1 de maio o ônibus rodou no feriado com reforço e por que não tem isso todo dia? O prefeito tem que estar aqui pra ver o que a gente sofre”, afirma Kelly Cristina Gonçalves, 40, diarista.