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Doenças tropicais em números: Conheça a situação 

O coração de uma pessoa em repouso bate de 50 a 90 vezes por minuto. Foto: Freepik
O coração de uma pessoa em repouso bate de 50 a 90 vezes por minuto. Foto: Freepik

Doenças tropicais em números 

REGIÕES

Do total de 583.960 casos de Doenças Tropicais Negligenciadas registradas no Brasil entre 2016 e 2020,

*42,9% (250.410 casos) foram detectados em municípios de residência na Região Nordeste;

*23,8% (138.875 casos) na Região Norte;

*19,0% (110.740 casos) na Região Sudeste;

*10,8% (63.329 casos) na Região Centro-Oeste, e

*3,5% (20.606 casos) na Região Sul.

ESTADOS

No período entre 2016 e 2020, 16 estados apresentaram taxas de detecção de casos por DTNs (por 100.000 habitantes) superiores à verificada no Brasil:

Roraima (RR) – 273,98

Tocantins (TO) – 272,13

Mato Grosso (MT) – 204,77

Alagoas (AL) – 191,76

Acre (AC) – 189,89

Rondônia (RO) – 159,88

Amapá (AP) – 153,55

Pará (PA) – 145,19

Maranhão (MA) – 125,66

Sergipe (SE) – 121,52

Amazonas (AM) – 94,80

Bahia (BA) – 84,30

Ceará (CE) – 83,89

Pernambuco (PE) – 83,18

Espírito Santo (ES) – 62,53

Minas Gerais (MG) – 57,67

Brasil – 56,02

PRINCIPAIS DOENÇAS

Principais DTNs registradas no Brasil no período de 2016 a 2020. Juntas, tais doenças foram responsáveis por 99,7% dos casos de DTNs no país.

25,3% – Acidente ofídico (148.008 casos)

21,7% – Hanseníase (126.726 casos)

21,2% – Esquistossomose (123.575 casos)

14,7% – Leishmaniose tegumentar (85.552 casos)

8,7% – Tracoma (50.772 casos)

8,2% – Leishmaniose visceral (47.609 casos)

Demais doenças:

0,03% – Doença de Chagas aguda (1.662 casos)

0,005% – Oncocercose (32 casos)

0,004% – Raiva humana (22 casos)

0,0003% – Filariose linfática (2 casos).

ÓBITOS

Do total de 40.857 óbitos por DTNs registrados no país entre 2016 e 2020,

*A doença de Chagas foi definida como causa múltipla em 31.342 declarações de óbito;

*A esquistossomose em 3.542 óbitos;

*A hanseníase em 2.974 óbitos;

*Leishmanioses em 2.261 óbitos;

*Acidente ofídico em 607 óbitos.

Juntas, tais doenças foram responsáveis por 99,7% dos óbitos por DTNs no país.

CENÁRIO

Hanseníase, esquistossomose, tracoma, leishmaniose visceral, leishmaniose tegumentar e acidente ofídico são responsáveis pela grande carga destas doenças atualmente no País, enquanto filariose linfática, oncocercose e raiva humana avançam para um processo de eliminação como problema de saúde pública.

Fonte: Boletim Epidemiológico Doenças Negligenciadas no Brasil – Número Especial – 31 de janeiro de 2024 – Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.