Belém

Feirantes ainda aguardam pelas obras do Ver-o-Peso

O laudo foi emitido na tarde desta quarta-feira, 29, validando que o projeto das Feiras Provisórias é construído dentro das normas técnicas de segurança Foto: Wagner Almeida / Doário do Pará.
O laudo foi emitido na tarde desta quarta-feira, 29, validando que o projeto das Feiras Provisórias é construído dentro das normas técnicas de segurança Foto: Wagner Almeida / Doário do Pará.

Diego Monteiro

Mesmo com o anúncio de obras, o Ver-o-Peso ainda precisa de intervenções urgentes, segundo os feirantes que trabalham no local, desde a troca da lona encardida até a renovação de estruturas danificadas. O plano de reforma está orçado em R$ 63 milhões, abrangendo as ruas João Alfredo e Santo Antônio. Este projeto envolve ainda as áreas pertencentes ao local, incluindo estacionamento, feiras, Mercados de Carne, de Peixe, Pedra do Peixe e a Feira do Açaí.

Rony Rocha, 48, que atua como vendedor de ervas, compartilha que as informações disponíveis sobre as obras que serão realizadas no local são escassas. ““Inclusive, esse é um dos muitos questionamentos dos nossos clientes, que desejam realizar suas compras em um ambiente melhor. Sempre ficamos sem palavras e informações quando questionados”, acrescenta Rony.

Apesar de a Prefeitura de Belém ter se reunido com a Comissão de Fiscalização de Obras (Cofis) na semana passada para discutir o progresso dos serviços e o realocamento dos feirantes para a feira temporária até a conclusão da obra de renovação do complexo, muitos trabalhadores reclamam da falta de retorno sobre esse assunto e estão preocupados com o futuro de seu trabalho.”Até agora, só promessas… ainda não mostraram nenhuma maquete e nem como ficarão nossos boxes, ou seja, estamos esperando com certa angústia”, diz a erveira Áurea Cheirosinha, 58.

Maria do Socorro Magno, 63 anos, apontou outros problemas no Ver-o-Peso: “É preciso renovar tudo, desde o aspecto visual, elétrico, até estrutural. Muitas paredes estão danificadas. Vale notar que a falta de padronização é outro problema. Existem suportes de ferro que estão todos enferrujados e representam riscos. Algumas lonas estão rasgadas e quando chove é terrível, pois molha tudo”, enfatiza a feirante.

Rosivaldo Ferreira, 51, é outro trabalhador do local que, apesar das queixas, diz que está otimista. “Se vai sair do papel eu não sei, mas temos que pensar positivo e torcer para que isso aconteça. Trabalho aqui há muito tempo. Vi a última reforma. No entanto, reconheço que estamos necessitados desse cuidado para que possamos continuar trabalhando de forma digna, pois tá ruim”, conclui.

RESPOSTA

Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), uma parte da feira provisória já está sendo montada no estacionamento do Ver-o-Peso. A pasta também garantiu que já começou a recuperar a rua Ladeira do Castelo. Em seguida, os trabalhos se estenderão para a Feira do Açaí, para a feira tradicional e para os mercados de Carne (Francisco Bolonha) e de Ferro (Mercado do Peixe).