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Lula indica aliado de Pacheco e de petistas para vaga no TST

Advogado Antônio Gonçalves foi indicado pelo presidente Lula para uma vaga de ministro do TST

CRÉDITO FOTO RICARDO STUCKERT
Advogado Antônio Gonçalves foi indicado pelo presidente Lula para uma vaga de ministro do TST CRÉDITO FOTO RICARDO STUCKERT

José Marques/Folhapress

 

Em crise com o Congresso, o presidente Lula (PT) decidiu ontem indicar o advogado Antônio Fabrício de Matos Gonçalves para uma vaga de ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Gonçalves é ex-presidente da OAB de Minas Gerais e teve a candidatura apadrinhada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e por setores próximos a ministros petistas, como o grupo jurídico Prerrogativas.

Ele disputava o cargo com outros dois advogados. Um deles é Adriano Costa Avelino, ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Também concorria ao posto a advogada Roseline Rabelo.

A vaga no TST era destinada a integrantes da advocacia, e a lista com os três nomes foi votada e encaminhada pela corte trabalhista a Lula na semana passada. O posto foi aberto em decorrência da aposentadoria do ministro Emmanoel Pereira.

Gonçalves ainda deve ser sabatinado e aprovado pelo Senado antes de ser nomeado ministro.

Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) parabenizou Gonçalves pela indicação.

“A indicação de Antônio Fabrício de Matos Gonçalves para o cargo de ministro do TST é motivo de grande satisfação para toda a comunidade jurídica. Sua trajetória profissional e sua dedicação ao direito do trabalho o tornam um nome notável e apto a contribuir significativamente para o desenvolvimento e aprimoramento da justiça trabalhista em nosso país”, disse o presidente da Ordem, Beto Simonetti, no comunicado.

Nas últimas semanas, advogados ligados à esquerda afirmaram aos aliados do presidente que Avelino, o afilhado de Lira, fez postagens no passado em redes sociais contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Gonçalves presidiu o braço mineiro da OAB de 2016 a 2018, e também foi presidente da comissão nacional de direitos sociais da OAB, além de presidente da Abrat (Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas).

Ele possui pós-graduação em direito de empresa e mestrado em direito do trabalho, obtendo o primeiro lugar no doutorado em direito do trabalho.