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Gerson Nogueira: crise de gols preocupa o Leão

Ytalo, atacante do Remo. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará
Ytalo, atacante do Remo. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

Crise de gols preocupa o Leão

 

O Remo marcou somente três gols nos últimos cinco jogos – dois contra o PSC e um diante do Volta Redonda. É evidente que a crise ofensiva está diretamente associada à ausência de vitórias. Foram três empates e duas derrotas. Nessas partidas, o técnico Gustavo Morínigo viu-se obrigado a escalar sempre ataques diferentes.

Na série de quatro jogos contra o PSC, o Remo entrou com uma linha de ataque com Marco Antônio-Ribamar-Kelvin, outra com Echaporã-Ytalo-Sillas e uma terceira com Ronald-Ytalo-Felipinho. Diante do Volta Redonda, na abertura da Série C, a formação foi mais aleatória ainda: Felipinho-Sillas-Cachoeira.

É possível que no próximo compromisso, contra o Athletic (MG), fora de casa, o treinador defina outra linha atacante. Um estreante deve marcar presença. É Matheus Lucas, 25 anos, egresso do Boavista-RJ, que desembarcou em Belém na semana passada e está apto a jogar.

A insatisfação com o desempenho dos atacantes chega também à torcida, que não poupa críticas aos atletas responsáveis pela produção de gols. Ribamar, o centroavante mais escalado até agora, é reconhecido pela luta dentro da área, mas peca nas definições.

Não é o único. Ytalo foi bem no duelo com o Amazonas, mas não manteve a performance quando entrou contra o PSC. Lesionado, está por enquanto fora de combate. Kanu, terceira opção até a chegada de Matheus Lucas, nunca foi escalado como titular por Gustavo Morínigo.

Ficou no banco até mesmo contra o Volta Redonda, quando o técnico decidiu mudar radicalmente o ataque. Lançou Sillas, que teve rendimento pífio. Apesar de mostrar serviço quando entra, Kanu padece da síndrome de “jogador da base”, condição que é sempre rejeitada por técnicos importados. Morínigo não é diferente.

Para tentar derrotar o Athletic, necessidade absoluta após o tropeço na estreia em casa, o Remo terá que se reinventar do meio para a frente. É improvável que o ataque do último jogo seja mantido. Sillas e Cachoeira não mostraram qualidades para permanecer como titulares.

Matheus, a quarta opção, deve ser o escolhido para comandar a ofensiva. Tem credenciais. Marcou sete gols no recente Campeonato Carioca. É um atacante rápido, bom nas bolas aéreas e eficiente nas finalizações. Tudo o que o Leão precisa neste momento de estiagem de gols.

 

 

Textor vai à CPI e aumenta a ira da cartolagem

 

Enquanto a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ataca o empresário John Textor, dono da SAF do Botafogo, acusando-o de ser um “câncer para o futebol” por denunciar esquemas de corrupção na arbitragem, mais aumenta a expectativa pelos resultados da CPI do Senado que apura possíveis irregularidades nas principais divisões nacionais.

É curioso como os dirigentes dos grandes clubes não demonstram qualquer interesse na apuração das denúncias. Preferem culpar o denunciante. E não estão sozinhos. Figuras respeitáveis da mídia esportiva unem-se a essa campanha corporativa para descredibilizar o “gringo incômodo”.

Todos sabem que a arbitragem brasileira é uma das piores do mundo, não só no aspecto técnico. Embora não haja vigilância rigorosa sobre o trabalho dos árbitros, de vez em quando estoura um escândalo de grandes proporções, como o célebre caso Edilson Pereira de Carvalho.

Nessas ocasiões, as reações são sempre de espanto teatral. Pipocam declarações condenando os atos ilícitos, mas em seguida todos voltam à rotina de sempre, como se nada mais ameaçasse a pureza dos resultados.

No período em que se descobriu as bandalheiras de Edilson Pereira de Carvalho, o futebol não sofria os efeitos perniciosos da máfia das apostas. Uma apuração empreendida pelo Ministério Público de Goiás revelou, no ano passado, o envolvimento de dezenas de jogadores com o esquema de apostas eletrônicas. Surpreendentemente, nenhum árbitro foi citado.

Os resultados esquisitos e a mania de favorecer clubes grandes comprometem há tempos a imagem da arbitragem no Brasil. Quase todos os times têm suas queixas e alguns juízes são campeões nisso.

Rafael Claus, um dos principais árbitros do país, é também um recordista em polêmicas. A última delas foi o pênalti inexistente marcado contra o Santos, que assegurou ao Palmeiras a conquista do Campeonato Paulista.

No ano passado, Claus apitou Botafogo x Flamengo no returno da Série A e validou dois gols irregulares para os rubro-negros. Apesar dos protestos, ele segue atuando normalmente. E, em meio à perlenga com Textor, a CBF escalou Claus para o clássico Flamengo x Botafogo, no próximo domingo.

A CPI ouviu John Textor e os parlamentares ficaram impressionados com as denúncias apresentadas pelo norte-americano. É possível que muita gente seja indiciada após os depoimentos. Até lá, cartolas e jornalistas esportivos continuarão a atacar o autor das denúncias.

Em tempo: o presidente da CPI, Jorge Kajuru, por solicitação da Associação Nacional dos Árbitros, deve pedir a paralisação imediata do Campeonato Brasileiro. “É o maior escândalo da história do futebol brasileiro”, resumiu o senador.

 

 

Legend da OAB-PA disputa torneio Norte-Nordeste

 

A Seleção Legend de futebol da OAB-PA segue na sexta-feira, 26, para Aracaju (SE), onde disputará o torneio Norte-Nordeste, promovido pela Associação Liga dos Advogados e Advogadas do Brasil (Alifa). A competição começa no sábado, 27, e a final será disputada no dia 01 de maio. Os preparativos do time, sob o comando do professor Ronaldo Arruda Feio, indicam que há chances reais de conquistar o título e trazer a taça para o Pará.

O elenco é formado por Evandro Costa (Evandro Love), Mario Freitas (Mariogol), Rogério Freitas (Paredão), Junior Villar (Presidente), Wanderley Ladislau (Pinguim), Aires, Robson do Carmo (Cara de Peixe no Aquário), Walter Rodrigues e Eduardo Lobato.