Covid-19: postos de Belém estão sem a maior parte das vacinas

Irlaine Nóbrega

Vacinas contra a Covid-19 estão em falta nos postos de vacinação de Belém. Apenas o imunizante Pfizer Baby e Coronavac Monovalente estão disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBS) para crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias; e pessoas de 5 a 59 anos de idade, que não estão no grupo prioritário. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) aguarda novas remessas dos demais imunizantes contra o coronavírus pelo Ministério da Saúde.

Com exceção da DTP (difteria, tétano e coqueluche), que está sendo substituída pela pentavalente, as demais vacinas de rotina previstas no Calendário Nacional de Vacinação estão disponíveis na rede de saúde pública municipal. A substituição serve para não causar prejuízos ao calendário vacinal, de acordo com o Ministério da Saúde.

Na sexta-feira (19), a pasta ministerial adquiriu 12,5 milhões de doses da mais nova vacina contra a Covid-19, da farmacêutica Moderna. A distribuição dos imunizantes será realizada após o recebimento das remessas do fabricante. A previsão é que as doses sejam distribuídas em todo território nacional nos próximos 15 dias.

Um cartaz na ala de vacinação indica que os imunizantes da DTP, Pfizer Adulto e Pediátrica, Varicela, Influenza e Coronavac estão ausentes no estoque da Unidade Municipal de Saúde do Bairro de Fátima, na rua Domingos Marreiros.

A pentavalente era a vacina a ser administrada na bebê de 4 meses de Thatyane Oliveira, 40, que já tinha procurado o imunizante no posto de saúde da Terra Firme, onde ela afirma que as doses sempre estão em falta. “No posto da Terra Firme só pela misericórdia, nunca tem. Eu tive que vir pra cá pra ela tomar as vacinas de quatro meses, a pentavalente, a pneumo, da paralisia infantil e a tríplice viral. Eu tomei a da Covid quando tava grávida dela, mas agora tá em falta”, conta a dona de casa.

A falta da vacina atrasou a aplicação da dose de reforço da filha de Maria Cardoso, que recebeu a última dose do imunizante contra a Covid no final de março. “A da Covid, que ela tinha que tomar três doses, na última foi mais difícil achar porque já estava em falta. Ela tomou três meses depois da data. Ela também tinha que tomar a tetraviral três meses atrás, mas tava em falta. Hoje mesmo chegou uma moça aqui e falaram que estava em falta a da Covid de novo”, relatou a diarista, de 44 anos.

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila da Barca a situação se repete. Uma moradora da comunidade, que não quis se identificar, disse que estão disponíveis todos os imunizantes, exceto a Pfizer Adulta, a qual procurava se imunizar com a dose de reforço. Uma trabalhadora da saúde confirmou que a dose contra o coronavírus está disponível exclusivamente para o grupo de prioridade.