Pará

Cidades do Pará estão fora do 'ranking da poluição', aponta relatório mundial

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Luiza Mello

O Relatório Mundial sobre a Qualidade do Ar de 2023 não identificou nenhum município paraense com níveis altos de poluição. O relatório fornece dados de qualidade do ar em cidades de 134 países. No Brasil, 13 cidades da região amazônica apresentaram índices preocupantes, entre elas, Xapuri, no Acre, que apresenta o pior resultado do país, com cinco vezes mais micropartículas poluentes no ar que o indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

O índice em Xapuri chega a 21 micrograma por m³, maior que a maioria das cidades do Sudeste do Brasil, como Osasco, em São Paulo (19,4 micrograma por m³), Cubatão (15,4). Manaus é a cidade amazônica com maior índice: 16,8 e terceira pior do Brasil.

As demais capitais da região Norte – Porto Velho, Rio Branco, Boa Vista e Macapá,  aparecem com altos índices de micrograma por m³ (PM2.5) do país. Belém não aparece no estudo assim como nenhuma outra cidade paraense.

Com a medição feita no ano passado, o relatório resume os dados da qualidade do ar (PM2,5) de 7.812 cidades nos 134 países, regiões e territórios. Os dados utilizados para criar este relatório foram reunidos em mais de 30.000 estações de monitoramento da qualidade do ar operadas por instituições de pesquisa, órgãos governamentais, universidades e instituições educacionais, organizações sem fins lucrativos, empresas privadas e cientistas cidadãos.

Os dados sobre PM2,5 são relatados em unidades de microgramas por metro cúbico (μg/m 3 ) e incorporam a mais recente diretriz anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre PM2,5 e metas provisórias para visualização de dados e comunicação de riscos (lançadas em 2021).

O Relatório Mundial da Qualidade do Ar de 2023 foi criado a partir de dados de qualidade do ar em tempo real provenientes da plataforma global de monitoramento da qualidade do ar da IQAir, que examina os dados recebidos com protocolos de validação e calibração para harmonizar os dados de qualidade do ar de estações de monitoramento em todo o mundo.

A poluição do ar é a causadora de uma em cada nove mortes em todo o mundo. “A poluição do ar é a maior ameaça ambiental à saúde humana”, revela a Organização Mundial da Saúde (OMS), que mostra ser responsável por cerca de sete milhões de mortes prematuras em todo o mundo todos os anos.

A exposição à poluição atmosférica (PM2.5) provoca e agrava numerosos problemas de saúde, incluindo, entre outros, asma, câncer (ou tumor maligno), acidente vascular cerebral e doenças pulmonares. Além disso, a exposição a níveis elevados de partículas finas pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo das crianças, levar a problemas de saúde mental e complicar doenças existentes, incluindo a diabetes.