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Dia Internacional da Dança será celebrado na Casa das Artes

Foto: Divulgação
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Nos próximos dias 26 e 27 de abril, a Fundação Cultural do Pará (FCP, por intermédio da Coordenação de Artes Cênicas Casa das Artes, vai promover uma ampla programação comemorativa ao Dia Internacional da Dança. O evento, intitulado “Casa em dança: partilhas do corpo em movimento”, oferecerá oficinas, mesas temáticas e espetáculos cênicos, enriquecendo o panorama cultural de Belém.

A programação começará na próxima sexta-feira (26), a partir de 16h, com uma série de atividades em parceria com o Colegiado de Dança do Pará. Das 16h às 17h, haverá a Oficina de Processos Criativos em Dança Clássica, ministrada por Carlos Dergan, professor da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA).

Das 17h às 18h, uma mesa temática sobre produção cultural no Pará vai reunir especialistas da área, incluindo Waldete Britto, artista da dança, professora, diretora e produtora cultural; Gabrielly Albuquerque, professora da ETDUFPA; Danilo Bracchi, coordenador de Artes Cênicas e Musicais da Casa das Artes, e Igor Marques, produtor cultural e  presidente do Colegiado de Dança do Pará. O dia será encerrado com o experimento cênico “Sem retorno”, de Jean Gama, das 19h às 21h.

No sábado (27), as atividades prosseguirão com a segunda parte da Oficina de Processos Criativos em Dança Clássica, das 9h às 10h, seguida por uma Mostra Cênica, que apresentará o resultado da oficina de processos criativos, com a participação de companhias de dança convidadas, das 10h às 11h. No fim do dia será  a vez do espetáculo “Onde encosta meu corpo: ancestralidades cruzadas”, de Cláudia Messeder, das 19h às 21h.

A programação contará com a participação de dois artistas contemplados por editais promovidos pela Fundação Cultural em 2023: Jean Gama foi premiado pelo Edital FCP de Pesquisa e Experimentação Artística, e Claudia Messeder foi contemplada pelo Prêmio FCP de Incentivo à Arte e à Cultura.

Memória corporal – Jean Gama explica que o objetivo do experimento cênico “Sem retorno” é criar um espetáculo de dança contemporânea com artistas acima de 60 anos, e que estão fora da cena cultural. “É uma dança da memória dos corpos em envelhecimento, com dobras, rugas e limites visíveis em cada movimento. O elenco de três dançarinos, com experiência ou não em dança, narra em cena a sua própria história, memórias, lembranças, e reconstrói suas identidades a partir do observar entre passado e presente”, explica Jean.

Claudia Messeder descreve o espetáculo “Onde Encosta Meu Corpo: ancestralidades cruzadas” como uma experiência única de dança, na qual um duo poético entre bailarinas-atrizes introduz seus corpos e suas ancestralidades na cena. “Com um corpo lânguido, europeu, expressionista ‘pinabauschiano’ contrastando com um corpo ritualístico e amazônico, a estranheza inicial entre essas formas de expressão se transforma em uma bela interação. Os corpos pertencentes à dança-teatro de Pina Bausch e o corpo-encostado das Pombagiras-malandras parecem travar uma luta inicial por território, mas acabam por aceitar e interagir, demonstrando que a humanidade é, essencialmente, una, capaz de habitar diversos espaços internos e externos, físicos e emocionais, e de se conectar a diferentes moradas com sua essência”, destaca.

Expressão da identidade – “Em abril celebramos o Dia Internacional da Dança, uma ocasião para refletirmos sobre o poder transformador dessa forma de arte que, através dos séculos, tem encantado e inspirado pessoas de todas as idades e origens. A dança transcende barreiras linguísticas e culturais, conectando indivíduos e comunidades de maneiras profundas e significativas. É importante lembrar a importância da dança como uma expressão de nossa identidade coletiva e individual. Ela nos permite comunicar emoções, contar histórias e expressar nossas mais profundas aspirações de uma forma única e envolvente. Que possamos aproveitar esta oportunidade para reconhecer e valorizar o talento e o esforço dos dançarinos, coreógrafos, professores e todos aqueles que contribuem para o enriquecimento do cenário da dança em nosso estado”, afirma o professor Igor Marques.

Danielle Ramos, técnica da FCP, explica que a programação “Casa em dança: partilhas do corpo em movimento” busca celebrar, valorizar e promover a dança como forma de expressão artística democrática. Segundo ela, a Casa das Artes se destaca como um espaço dedicado à pesquisa, experimentação e difusão cultural, e a programação visa fortalecer essas perspectivas no campo da dança, reunindo artistas, pesquisadores, professores e produtores culturais para compartilharem suas práticas e conhecimentos.

“Assim como outros projetos da Casa das Artes, a programação do Dia da Dança busca trazer artistas premiados nos editais da instituição, que têm a oportunidade de apresentar seus trabalhos novamente. Esperamos que seja um tempo de compartilhamento sensível e importante provocação para artistas da dança e o público em geral”, acrescenta Danielle Ramos.

Serviço: Programação “Casa em dança: partilhas do corpo em movimento”, alusiva ao Dia Internacional da Dança. Dias 26 e 27 de abril (sexta-feira e sábado), na Casa das Artes – Rua Dom Alberto Gaudêncio Ramos, n° 236, ao lado da Basílica Santuário de Nazaré.