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Gerson Nogueira: 'Que comecem os jogos!'

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu
Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

Que comecem os jogos!

Depois da montanha-russa que foi a disputa de quatro clássicos, encantando e motivando o torcedor, PSC e Remo finalmente partem para o que interessa: a disputa do Brasileiro das séries B e C. Tudo começa neste sábado (20), com os bicolores encarando o Santos, na Vila Belmiro, e os remistas recebendo o Volta Redonda, no estádio Baenão.

O desafio dos gigantes paraenses é de grande monta. Ao PSC cabe lutar para permanecer na Série B e, se possível, brigar pelo acesso à Série A. Não é uma missão simples. Várias outras equipes, com grandes investimentos, estão cotadas para tentar chegar à elite do futebol brasileiro.

A lista começa pelo Santos, adversário deste sábado. Rebaixado pela primeira vez na história, o Peixe começou um processo de recuperação no Campeonato Paulista, onde disputou o título com o Palmeiras e ficou em segundo lugar.

Desde que Fábio Carille assumiu o time, as coisas mudaram para melhor, principalmente no setor defensivo, reforçado com a contratação do ex-corintiano Gil. Diante do Papão, o time não terá o apoio da torcida, pois cumpre a punição pelos tumultos na Vila Belmiro em 2023.

Pode-se dizer que o Santos é um clube de Série A temporariamente passando pela Série B. Tem grandes possibilidades de conquistar o título do Brasileiro. Em escala menor, o PSC tem outros adversários igualmente poderosos – Coritiba, América-MG, Sport, Ceará, Guarani e Goiás.

Os demais participantes estão no mesmo nível e é em relação a eles que o time paraense precisa se impor. Equipes medianas, sem grande tradição na competição, como Novorizontino, Amazonas, Ituano, Operário e Avaí.

A lista de reforços que o PSC apresentou nos últimos dias – o volante Wesley Fraga foi o mais recente – mostra que fortalecer o time é o objetivo da diretoria, a fim de evitar quedas de rendimento ao longo da disputa. O ataque, entregue hoje a Edinho, Nicolas e Jean Dias, é o setor mais ajustado do time e razão das maiores esperanças da torcida.

Na Série C, o Remo luta com problemas na definição do time e com a justificada desconfiança do torcedor. A atribulada campanha no Brasileiro do ano passado, quando perdeu as quatro primeiras partidas e viu-se obrigado a fazer uma campanha de recuperação, ainda está muito viva na memória da torcida.

Para esta temporada, sob a direção do técnico Gustavo Morínigo, a expectativa é de uma caminhada mais consistente. A participação no Parazão terminou sem título, mas os jogos contra o PSC indicaram que há motivos para acreditar na evolução da equipe.

Os principais oponentes do Remo no campeonato são Londrina, Náutico, Figueirense, CSA, São Bernardo, Sampaio Corrêa, Ypiranga e o Volta Redonda, justamente o adversário deste sábado, às 17h.

Em termos de investimento, o Leão é disparado o time mais forte da Série C. O problema é que nem sempre isso serve de parâmetro para o desempenho em campo. A chegada de reforços, como Guilherme Cachoeira, João Afonso e Matheus Lucas, dá a Morínigo a chance de formatar um time mais equilibrado e competitivo.

Esses jogadores irão se juntar a outros que já vinham se destacando, casos de Jaderson, Matheus Anjos e Kelvin. O desafio é engrenar rapidamente, sem permitir as oscilações que fragilizaram a equipe no ano passado.

Bola na Torre

O programa começa às 22h, na RBATV, com apresentação de Guilherme Guerreiro e participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. Em debate, a estreia de PSC e Remo nas Séries B e C. A edição é de Lourdes Cezar.

Mbappé lidera PSG na Champions e semeia inveja

Um blogueiro ousou fazer uma comparação entre Neymar e Mbappé, obviamente despropositada – o brasileiro não chega nem perto do que o francês conseguiu conquistar na curtíssima carreira. Pois o menino Ney subiu nas tamancas e comentou que há gente que adora bajular estrangeiros, esquecendo-se que faz o mesmo em relação a figuras mais desprezíveis, aqui mesmo no Brasil.

Tudo isso em decorrência da sensacional classificação do Paris St. Germain à semifinal da Liga dos Campeões da Europa, com uma virada histórica sobre o Barcelona, no estádio olímpico da Catalunha. Meteu 4 a 1, de virada, após ser derrotado na capital francesa por 3 a 2 na partida de ida.

Dirigido pelo espanhol Luis Enrique, o PSG mostra uma intensidade e um apetite que simplesmente não existiam nos tempos de Neymar e Lionel Messi. Mbappé, Vitinha e Dembelé estão jogando o fino da bola, motivados e a fim de conquistar o inédito título europeu.

Os gols foram marcados pelo trio, com destaque para o craque Kylian Mbappé, que balançou as redes duas vezes. Raphinha fez o gol do Barça, logo aos 12 minutos do 1º tempo. A partida, uma das melhores dessa emocionante Champions, mudou de panorama com a expulsão do zagueiro Araújo.

A partir daí, o PSG de Mbappé assumiu o controle e deixou claro que não iria sair da Espanha sem a cobiçada classificação. Pior ainda para o Barça de Xavi foi ver a classificação do Real Madrid sobre o Manchester City em outro jogão, decidido na série de penalidades.

Com Mbappé inspirado, o PSG tem plenas condições de chegar à grande decisão, sonho frustrado durante a passagem de Neymar por lá.

O astro brasileiro, por sinal, precisa parar de se meter em bola dividida, principalmente com currículo tão anêmico em disputas internacionais. Mbappé conquistou uma Copa do Mundo quando tinha 18 anos e foi vice em outra, em 2022, no Qatar. Calado, o baladeiro Neymar já está errado.