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Premiê do Japão vem ao Brasil em maio para fortalecer laços econômicos

Lula é recebido pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em reunião do G7 em Hiroshima, em maio de 2023 — Foto: Ricardo Stuckert - 19/5/2023
Lula é recebido pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em reunião do G7 em Hiroshima, em maio de 2023 — Foto: Ricardo Stuckert - 19/5/2023

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, vem ao Brasil em maio em uma operação para fortalecer os laços econômicos entre seu país e a América do Sul como contraponto aos esforços de China e Rússia para liderar países em desenvolvimento.
A embaixada japonesa no Brasil não confirmou a agenda nem a data de chegada do premiê, mas ele deve se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, no dia 4 de maio, dará uma palestra na Faculdade de Direito da USP, no largo de São Francisco, em São Paulo. Após passar pelo Brasil, ele vai ao Paraguai, segundo o jornal de economia japonês Nikkei.
A última visita de um premiê japonês ao Brasil foi feita pelo antecessor de Kishida, Shinzo Abe, em 2016. Abe veio para a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio e chamou a atenção ao aparecer vestido de Mario, icônico personagem de games da japonesa Nintendo, para marcar a transição do Rio para a Olímpiada seguinte, Tóquio-2020, realizada em 2021 por causa da pandemia.
Abe também veio ao Brasil em 2014, durante visita oficial que incluiu caminhada pelo bairro da Liberdade, que concentra a comunidade asiática em São Paulo. Mais longevo premiê do Japão (2006-2007 e 2012-2020), ele foi morto em 2022, já fora do cargo, baleado durante um ato de campanha eleitoral.
Líder do conservador Partido Liberal Democrático (LDP), Kishida foi ministro de Relações Exteriores de Abe e assumiu o governo do Japão em outubro de 2021.
Há quase um ano, em maio do ano passado, Lula se encontrou com Kishida na cúpula do G7, que acontecia em Hiroshima. Na ocasião, o premiê prometeu isenção de visto de curta duração para brasileiros e confirmou um empréstimo futuro de 30 bilhões de ienes (R$ 1,09 bilhão) para saúde e outros setores no Brasil.