Em audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira (19.04), a Justiça Eleitoral decidiu pela manutenção da prisão do ex-deputado Wladimir Costa. O ex-deputado foi para o presídio de Americano pela Secretaria de Administração Penitenciária, onde permanecerá detido.
A Polícia Federal prendeu o ex-deputado federal pelo estado do Pará, Wladimir Costa (Solidariedade-PA), no Aeroporto Internacional de Belém ontem (18.04). Ele foi abordado ao desembarcar de um voo na capital paraense e encaminhado ao sistema prisional do estado.
As autoridades estão investigando os detalhes relacionados aos crimes eleitorais.
Inelegível até o ano de 2025, o ex-deputado Wladimir Costa está preso no sistema prisional do Pará. Acusado de cometer crimes de extorsão, violência política de gênero, injúria, difamação, perseguição e violência psicológica contra a mulher (Código Penal Brasileiro o artigo 147-B), ele foi abordado ontem pela Polícia Federal, no início da manhã, quando desembarcava na capital paraense e encaminhado prontamente ao sistema prisional. A ação aconteceu como desdobramento de investigações solicitadas pela deputada federal Renilce Nicodemos (MDB), vítima de ataques nas redes sociais desferidos pelo ex-parlamentar.
O mandado de prisão, segundo a Justiça Eleitoral, tem como base “prática reiterada” de crimes eleitorais. A prisão é preventiva – sem data para acabar – e foi requerida pela Polícia Federal sob alegação de prática reiterada dos crimes eleitorais de violência política contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB) pelas redes sociais.
A autora da ação que resultou na prisão de Wladimir encaminhou nota para a redação do DIÁRIO onde relata a violência sofrida por seu ex-aliado: “Há seis meses, venho sendo vítima de toda sorte de crimes por parte do cidadão acima mencionado, motivo pelo qual decidimos defender na Justiça o direito à minha honra, intimidade, condição de mulher e deputada federal do Pará, eleita com 162.208 votos. Com isso, oferecemos Notícia Crime à Justiça Eleitoral, que ensejou a instauração de inquérito na Polícia Federal, que descambou na operação realizada na data de hoje”, afirmou.
Wladimir ficou conhecido por sua postura polêmica e declarações controversas durante o período em que exerceu mandatos políticos. Em dezembro de 2017 foi condenado por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014. A decisão determinou a cassação do mandato de Wladimir, além de torná-lo inelegível por oito anos.
Wladimir declarou ter gastado R$ 642.457,48 durante sua campanha para reeleição, mas segundo o MPE, o candidato deixou de declarar R$ 149.950 em despesas de material gráfico, além de mais de R$ 100 mil em despesas efetuadas entre julho e setembro do ano eleitoral de 2014, que não constam na prestação de contas. Ele recorreu da decisão.