Trayce Melo
Condutores e pedestres reclamam das condições do trânsito na Avenida Augusto Montenegro, em Belém. A área está em obras para a conclusão do BRT (sigla em inglês para Bus Rapid Transit), da Prefeitura de Belém. O sistema de ônibus de trânsito rápido começou a ser implementado há 12 anos em Belém, mas o que a população presenciou, ao longo dos anos, foi uma obra inacabada que se perdura e causa transtornos.
O trânsito no entorno do terminal Tapanã, localizado no cruzamento das avenidas Augusto Montenegro e Mário Covas, exige muita paciência e atenção. O local já foi cenário de acidentes fatais. O último aconteceu no dia 25 de março, na pista expressa do BRT, próximo ao Conjunto Satélite, sentindo Icoaraci-Entroncamento, no bairro do Tapanã. Um ônibus da linha troncal colidiu de frente com um motociclista, que morreu no local.
A equipe de reportagem foi até o local. Durante a permanência da equipe, foram vistas várias imprudências por parte de motoristas, motociclistas e ciclistas. Foram flagrados condutores fazendo conversões irregulares por falta de retorno, motoristas trafegando na pista exclusiva do BRT e condutores avançando nas faixas de pedestres. Ao longo da via, não havia guardas de trânsito.
Além disso, moradores reclamam do tempo gasto para percorrer o trecho em obras e, consequentemente, para chegar ao trabalho. É o caso da empregada doméstica, Marlene Socorro, de 59 anos, que diz que sente muito medo ao atravessar nesse trecho. “Eu trabalho em um condomínio aqui próximo. Todos os dias quando eu venho trabalhar, tenho receio de atravessar aqui. Os carros e motos não respeitam as faixas de pedestre, perco muito tempo tentando atravessar. A gente não vê nenhum guarda para tentar facilitar e conter o trânsito”, diz.