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Preço do peixe em Belém registra alta em março, diz Dieese

o estudo do Dieese/PA e da Secon foi realizado com base nas informações coletadas nos mercados municipais de Belém FOTO: Celso Rodrigues
o estudo do Dieese/PA e da Secon foi realizado com base nas informações coletadas nos mercados municipais de Belém FOTO: Celso Rodrigues

Even Oliveira

De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) em conjunto com a Secretaria Municipal de Economia de Belém (Secon/PMB), publicado nesta terça-feira (16), a maioria dos peixes comercializados em Belém teve reajuste em março deste ano. Os preços apresentaram alta de até 11,27%.

Segundo dados da pesquisa sobre o mês de março, a Curimatã lidera os peixes que registraram alta, custando até R$20,73, com aumento de 11,27%. Uritinga e a Tainha seguem o mesmo comportamento, custando R$16,17 e R$26,33, com reajuste de 8,89% e 8,85%, respectivamente. No total, 14 espécies tiveram alta no mês passado.

O estudo aponta, também, que no primeiro trimestre deste ano, entre janeiro e março, a maioria das espécies de pescado comercializadas nos mercados municipais fecharam o período com aumentos de preços e, na maioria dos casos, com reajustes acima da inflação calculada em 1,58% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o mesmo período.

Causas

Entre as principais causas apontadas para a elevação dos preços estão os fenômenos naturais, como o período de defeso – quando é suspensa a pesca de determinadas espécies –, e mudanças de marés. “Cabe lembrar ainda que o Pará é um dos maiores (se não o maior) produtor de pescado do país, com isso a pressão e demanda externa pelo produto neste início ano, em especial por conta do período da Semana Santa também contribuiu para um encerramento de 1º trimestre com preços mais elevados aqui no Estado”, ressalta o DIEESE.

Ranking mês de Março

Os maiores reajustes de alta acumulada de preços, formando o ranking das 10  que mais receberam alta,  ocorreram nas espécies: Curimatã (11,27%), Uritinga (8,89%), Tainha (8,85%), Serra (8,21%) e Tamuatá (7,60%), Corvina (6,49%), Gurijuba (4,18%), Camurim (3,92%), Tambaqui (3,25%) e Bagre (3,11%).

Pescada Gó (3,09%), Sarda (3,09%), Cação (0,94%) e Filhote (0,45%) fecham o ranking das 14 espécies com aumentos.

Por outro lado, ainda no mês passado, 8 espécies pesquisadas apresentaram recuos de preços, com destaque para o Xaréu (21,50%), seguido da Dourada (15,69%), Tucunaré (9,46%), Mapará (5,26%), Pratiqueira (3,24%); Pescada Amarela (2,29%); Aracu (1,88%) e a Pescada Branca (1,69%).