A situação do Paysandu se complicou após a derrota para oFigueirense, no sábado (3), em Florianópolis, no terceiro jogo da segunda fase da
Série C do Campeonato Brasileiro. Não contente em sofrer com resultado, a
torcida bicolor deve também amargar as consequências do comportamento de alguns
torcedores que estiveram presentes Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e causaram
confusão nas arquibancadas, provocando a paralização da partida.
A situação está descrita na súmula do árbitro Bruno Arleu de Araújo, que
mediou o jogo e registrou as ocorrências de mau comportamento do grupo de
torcedores. No documento, consta que houve bomba e até uma cadeira arremessada
para o gramado, dentre outros objetos. A Polícia Militar catarinense teve
muito trabalho para conter os ânimos e a situação está detalhada pela
arbitragem: “aos 24 minutos do segundo tempo, interrompi momentaneamente por 6
minutos a partida, pois, após o gol da equipe mandante (Figueirense houve uma
confusão entre a torcida mandante e a torcida visitante”.
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informada pela Comissão Técnica do Figueirense FC, que foi atirado, no campo de
jogo, atrás do gol onde encontravam-se em aquecimentos os atletas suplentes
desta equipe e na direção dos mesmos, uma cadeira da arquibancada e 3 baquetas,
vindas do local onde se encontravam torcedores do Paysandu”.
A súmula registra ainda o uso de uma bomba dentro do
estádio. “(Houve) o lançamento de bomba da torcida do Paysandu, em direção a
torcida do Figueirense que se encontrava no setor das sociais do clube”, Araújo
inclui em seu relato.
O árbitro conta que, após o policiamento local garantir a
segurança, a partida foi retomada e transcorreu normalmente até o final. “Até o
término da súmula, não nos foi apresentado a identificação dos autores dos
arremessos, nem registro de ocorrência do fato supracitado”, declara o árbitro.
Resultado de Vitória x ABC ajudou o Paysandu na Série C
A confusão impactou no tempo da partida. O juiz descreve que
acrescentou “5 e 11 minutos respectivamente nos primeiro e segundo tempos
devido substituições , reposição de bola em jogo, reposição de tempo devido a
confusão entre as torcidas e atendimento médico em atletas supostamente
lesionados”.
Passaram dos limites
A Polícia Militar teve muito trabalho para conter torcedores do Paysandu.
É aquela turma de sempre. Não são todos.
Ameaçaram, brigaram entre si, descobriram torcedores da Remoçada infiltrados, e atiraram rojões nas sociais do Scarpelli.
Revolta geral! pic.twitter.com/cxv7RtnAQt
— Polidoro Júnior (@PolidoroJunior) September 4, 2022
A súmula com a descrição dos acontecimentos em
Santa Catarina deve trazer mais uma dor de cabeça ao Papão na Justiça Desportiva.
Além dessa situação, a equipe responde na quinta-feira (8) por invasão do gramado ocorrida na partida contra o Altos-PI, pela Série C do Brasileirão, emjulho. Quem julgará este processo é a 4ª comissão disciplinar do Superior Tribunal
de Justiça Desportiva (STJD). Naquela ocasião, os torcedores pularam o
alambrado e invadiram o gramado de jogo, o que acabou causando a paralisação da
partida que foi vencida pelo Paysandu por 3 a 0. O caso também foi citado na súmula
da partida.
Com a derrota para o Figueirense, o Papão segue na última
colocação do grupo B e está em situação delicada na caminhada rumo ao acesso. Na
quarta rodada da segunda fase, as duas equipes voltam a se enfrentar. Desta vez
a disputa será no estádio da Curuzu, no domingo (11), às 17h.
Leia a súmula na íntegra: 342199se.pdf
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