Tylon Maués
Depois de uma segunda-feira de folga, algo que não acontecia há tempos no Baenão, o elenco azulino volta hoje aos treinos sem tempo para lamentar os insucessos até aqui na temporada com Copa do Brasil, Copa Verde e Campeonato Paraense. Neste sábado, o Clube do Remo estreia na Série C do Campeonato Brasileiro contra o Volta Redonda-RJ, no Baenão, sob o signo da desconfiança. Para esse confronto, o time deve ter a mesma base que vem atuando até aqui, apenas com os acréscimos dos três jogadores contratados recentemente, o volante João Afonso, o atacante Guilherme Cachoeira e o zagueiro Sheldon. A busca por reforços para a competição mais importante do ano é uma prioridade no clube.
Mas não pode ser qualquer reforço. De acordo com o técnico Gustavo Morínigo, quem vier tem que ser para jogar e não para compor elenco e ser apenas mais um. “A perspectiva da chegada de novos reforços acho que não vai acabar aqui no clube. Sempre vamos olhar oportunidades, boas oportunidades. Não é muito fácil porque temos um orçamento que tem que ser respeitado. O clube é muito ordenado nessa parte. Mas asseguro que em todo momento, já que não há janela, vamos seguir olhando e nos fortalecendo. Se aparecer oportunidade, vamos trazer jogadores que realmente sejam protagonistas. Não queremos armar um elenco, queremos protagonismo. E exigimos protagonismo daqueles jogadores que vêm aqui ao Remo”, disse. “O Remo é um clube muito grande, de muita tradição. Que precisa de jogadores que venham e rendam realmente. O departamento de futebol está trabalhando muito nessa parte, nós estamos trabalhando em conjunto com o presidente”, completou o treinador.
A semana cheia antes de encarar o Voltaço é bem-vinda para quem mal teve tempo de comandar treinos técnicos e táticos desde que chegou. Morínigo sabe que os reforços que chegarem entrarão aos poucos no time azulino, por isso a prioridade é de olhar para quem já está no elenco. “Não tivemos muito tempo de trabalho em si, mas compreendemos bastante algumas coisas que não queríamos. Agora começa outra etapa, e se agregam novos jogadores ao elenco, com possibilidades de jogar também”.
Ele defendeu que há jogadores que evoluíram bastante em diferentes níveis desde que chegou ao clube. A qualidade dos confrontos recentes foram lembrados pelo treinador e que o nível de exigência pode ter efeitos positivos na equipe. “Competir com o Paysandu foi bom para mim, porque nos dá uma medida do que fazer. Foi muito importante porque é um time de Série B, que já vem jogando há muito tempo, com um esquema já definido, com jogadores definidos, com mais orçamento. Assim como foi também com o Amazonas-AM, que é um time que ano passado foi campeão na Série C. E enfrentamos de igual a igual também”.