RIO (AG) – A Câmara dos Deputados desembolsou ao menos R$ 62,9 mil para que sete parlamentares bolsonaristas pudessem viajar para Bruxelas para acompanhar eventos da direita no Parlamento Europeu. Entre os dias 7 e 13 de abril, nomes como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) , Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO) participaram de eventos como “Brasil: a repressão de Lula ao Estado de Direito”. Passagens aéreas ou hospedagens foram custeadas pela Casa Legislativa, que autorizou a missão oficial.
De acordo com a prestação de contas do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo viajou no dia 8 de abril de classe econômica e retornou ao Brasil neste sábado, 13, de executiva. As passagens somaram R$ 15.935,06. Enquanto esteve fora, quatro diárias e meia também foram arcadas pela Câmara, no valor total de R$ 10.015,20. A Câmara desembolsou valores semelhantes no caso de Bia Kicis, que foi reembolsadas pelos trechos áreos (R$ 15.953,62) e pelas diárias (R$ 9.938,16).
No caso de Gustavo Gayer, não há registros do meio de locomoção até o exterior. Contudo, sua hospedagem também foi paga pelo Congresso Nacional, no valor de R$ 9,9 mil. Marcel Van Ratten (Novo-RS) também recebeu reembolsos de passagem por parte da Casa Legislativa, em R$ 11.140,86. Ao contrários dos colegas, contudo, não viajou e permaneceu no Brasil. De acordo com sua assessoria, o deputado já solicitou reembolso por parte da companhia aérea e o valor será restituído.
Outros três parlamentares foram autorizados pelo presidente Arthur Lira (PP-AL) a participarem da missão oficial, mas ainda não prestaram contas sobre a viagem. São eles Ricardo Salles (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC) e Coronel Ulysses (União-AC).
Fora do país, a comitiva criticou Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo a oposição, o magistrado estaria censurando e perseguindo a direita no Brasil.
Texto de: Luísa Marzullo