Wal Sarges
Para comemorar os 123 anos do Arquivo Público do Estado do Pará, nesta segunda-feira, 15, a instituição realiza uma série de eventos em Belém. Ontem, pela manhã, ocorreu o “Domingo da Memória”, no Theatro da Paz, com uma exposição de documentos históricos do Pará, com teor sobre a Cabanagem e a Adesão do Pará à Independência do Brasil. Hoje ocorrem duas palestras, das 9h às 10h, e das 10h às 11h, na sede da instituição.
O diretor do Arquivo Público do Estado do Pará, Leonardo Torii, disse que a programação é acessível para os mais diversos públicos e interesses. “A ideia é trazer um pouquinho do que o Arquivo Público tem em termos de documentos. A exposição conta com documentos do período colonial, imperial, republicano, com um recorte nos diversos episódios históricos importantes para o Pará e para a Amazônia. A nossa proposta é que o público em geral tenha contato com essa fonte primária, ou seja, essa documentação que está sob guarda do Arquivo Público”, disse.
De acordo com Torii, na mostra é possível encontrar cópias de documentos variados, por exemplo, do movimento da Cabanagem; da Adesão do Pará à Independência; além do período da Belle Époque, quando a cidade passa por um processo de urbanização. “Contamos com a mediação de alunos dos cursos de História e de Arquivologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) que trazem esse contexto do período colonial, passando pelo contato com os povos indígenas e a escravidão negra na Amazônia. Então, a ideia é pegar vários temas e apresentá-los para as pessoas em geral”.
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A programação conta ainda com duas palestras, hoje e amanhã, sobre a ditadura militar com documentos daquele período. Amanhã, haverá a abertura de uma exposição com documento da ditadura militar que é de domínio do Arquivo Público. A mostra pode ser visitada a partir desta terça-feira, 16, até o dia 30 de abril, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.
VISITANTES
O contador Eduardo Matos, 29, que mora em Brasília disse que sua impressão é que o Pará tem uma cultura muito forte e expressiva, sobretudo, pelo que viu na exposição. “Acho muito importante conhecer a história de Belém, porque pra mim tudo é novidade. É muito interessante a gente conhecer o pensamento político da época e os mais variados arquivos que trazem a memória de um local”.
Moradora de São Paulo, a inspetora de escola, Maria da Penha, contou que pretende levar para o seu local de trabalho a ideia da exposição com seus elementos presentes. “Achei muito interessante a história contada pela mostra, em cada detalhe porque na escola onde eu trabalho, a gente está fazendo pesquisa sobre as regiões do Brasil, chamando a comunidade para falar das suas famílias, então eu vou mostrar fotos que eu fiz aqui para mostrar um pouco daqui”.
