Polícia

Jovem paraense é presa por comandar o crime no 'home office'

Pelo telefone, Luciene Costa Prestes determinava punições corporais a pessoas que desobedecessem às regras que tentavam impor. 
Pelo telefone, Luciene Costa Prestes determinava punições corporais a pessoas que desobedecessem às regras que tentavam impor. 

JR Avelar

Quem via as postagens da paraense Luciene Costa Prestes, de 23 anos, natural de Igarapé-Açu, na região nordeste do Pará, conhecida em uma organização criminosa como “Burguesa”, não podia acreditar que por trás daquele rosto angelical se escondia uma mente criminosa.

Ela está agora em um presídio feminino na cidade de Joinville (SC) depois de um trabalho conjunto do Núcleo de Inteligência Policial, Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal, Superintendência Regional do Salgado, Delegacia de Igarapé-Açu e Núcleo de Apoio à Investigação de Castanhal.

Os policiais paraenses contaram com apoio da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, Núcleo de Inteligência de Joinville e Divisão de Investigação Criminal de Joinville para localizar o paradeiro da suspeita, que estava com mandado de prisão preventiva expedido por ser uma liderança de uma facção criminosa.

De acordo com as investigações, após um ano e seis meses de investigações, Luciene Costa Prestes, que comandava, remotamente, as ações de uma facção criminosa na cidade de Igarapé-Açu ela foi presa na cidade de Araquari em cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Cristiano Magalhães, atendendo requerimento da Polícia Civil do Estado do Pará. 

Na época as investigações realizadas pela delegacia de Igarapé-Açu, resultaram na prisão em flagrante, pela Polícia Civil, de oitenta e um traficantes no município de Igarapé-Açu, entre abril de 2022 a abril de 2023 e se obteve com o avançar dos trabalhos êxito na colheita de provas de que “Burguesa”, como é conhecida Luciana Costa Prestes, chefiava as ações da facção criminosa que controlava a venda de drogas em Igarapé-Açu.

A mulher segundo os levantamentos fornecia drogas que abasteciam as “bocas de fumo” da cidade, recebendo os depósitos bancários de valores arrecadados com a venda dos entorpecentes, adquirindo armas de fogo utilizadas pelo grupo criminoso, orquestrando atentados contra estabelecimentos comerciais como um ocorrido em janeiro do ano passado quando o comerciante se recusou a ceder às extorsões.

Pelo telefone, Luciene Costa Prestes determinava punições corporais a pessoas que desobedecessem às regras que tentavam impor.  Em uma dessas prisões realizadas no ano passado foi encontrado um comprovante de depósito bancário no valor de R$ 5.000,00, feito a partir de uma pessoa flagrada em posse de quinhentas gramas de “óxi”, tendo como destino uma das contas bancárias de “Burguesa”.  

Após a expedição do mandado de prisão preventiva, a Polícia Civil do Pará com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina deu cumprimento da ordem judicial, o que ocorreu no fim da tarde desta quinta-feira (11) em abordagem realizada pela polícia de Santa Catarina que a visualizou em via pública, no bairro Itinga, município de Araquari, Luciene Costa Prestes que foi conduzida ao presídio feminino de Joinville onde permanece à disposição da justiça paraense.