Nesta noite (11), o futebol paraense vai conhecer o seu segundo campeão no futebol masculino profissional, com a disputa da final inédita da Copa Grão-Pará, entre Tuna Luso e São Francisco, às 20h, no estádio Mangueirão, em Belém. A competição dará ao campeão a terceira vaga para a Copa do Brasil do ano que vem. Os dois finalistas entram no gramado sem qualquer tipo de vantagem, assim, em caso de empate no tempo regulamentar, a decisão será nas penalidades máximas.
A competição surgiu com o propósito de viabilizar conquistas para as agremiações locais. Nesse sentido, em seu ano de estreia, a Copa Grão-Pará, em meio as dúvidas naturais de um certame novo, seguiu um modelo onde o foco era manter, também, datas oficiais disponíveis aos clubes que garantiram presença no G8 do Parazão.
Desse modo, com a chance de encerrar o ano com um título de relevância e a garantia de um calendário para a próxima temporada ao lado de uma bolada natural oriunda das premiações da Copa do Brasil, os finalistas têm motivos de sobra para partir com tudo em busca da consagração, sendo um deles, o tira-teima no confronto direto.
Em 2024, a Águia Guerreira e o Leão santareno se enfrentaram em duas oportunidades: na primeira o time santareno venceu por 1 a 0 e a segunda a Lusa venceu por 2 a 1, ambos pelas quartas de final, que culminou com a classificação da Tuna naquele momento, nos pênaltis.
Com muita coisa envolvida, a tendência é que o duelo desta noite seja o reflexo da campanha das duas agremiações no gramado até o momento: muita raça e competitividade.
TIMES PRONTOS – O padrão de jogo de cada uma das agremiações foi similar no gramado, especialmente desde as etapas eliminatórias do Campeonato Paraense.
No caso da Águia Guerreira, melhor campanha entre os finalistas, a equipe liderada pelo treinador Júlio César Nunes, durante algum tempo, foi considerada como sensação nas quatro linhas justamente pela sua capacidade de assimilar o golpe e criar mecanismos de reação. Ao todo, em 13 partidas entre Parazão e Copa Grão-Pará, a equipe anotou seis vitórias, quatro empates e teve três derrotas. Na Grão-Pará, eliminou o Santa Rosa.
Assim, no anseio de voltar a erguer um troféu depois de quatro anos, quando deu a volta olímpica em 2020 com o pódio pela Série B1 do Campeonato Paraense, o comandante não vai abrir mão do estilo de jogo ofensivo do grupo, ao ir com tudo com foco para novas grandes conquistas. “É focar nessa final, uma final inédita. Acima de tudo dar um título, um troféu para o clube. Esperamos que o nosso torcedor compareça. Vamos nos preparar muito em todos os sentidos para poder levantar esse troféu”, aponta.
O São Francisco compartilha inteiramente o pensamento ao garantir entrega total no decorrer dos 90 minutos. O time santareno se encontrou na reta final da fase classificatória do Parazão ao engatar uma sequência positiva e com boas apresentações. De acordo com os atletas, a didática e o espírito de grupo do treinador Samuel Cândido é um dos diferenciais.
A jornada dos santarenos ficou da seguinte forma: em 12 jogos entre as duas competições foram cinco vitórias, três empates e quatro derrotas. Pela Copa Grão-Pará, o São Francisco tem sido o grande destaque ao jogar o fino da bola em seus confrontos, eliminando Bragantino e Águia.
Ligado no 220v, o treinador do Leão segue com o foco. “Tenho que parabenizar esse grupo pela valentia, pelo espírito de grupo. Pelo empenho, desempenho. Agora é agradecer ao Grande lá de cima, pelo momento feliz, por estarmos na final. Agora é pensar em puxar essa taça pro nosso lado”, comenta Cândido.
FICHA DO JOGO
- Tuna: Iago Hass; Pedro Henrique, Dedé, Marlon, Renan e Wesley; Renan, Bagagem, Germano; Gabriel Furtado, Jayme e Leandro Cearense. Técnico: Júlio César Nunes.
- São Francisco: Gustavo Chaves; Ramonzinho, Bruno Costa, Renan e Camilo; Negueba, PH, Diego Borges e Emerson; Edgo e John Kennedy. Técnico: Samuel Cândido.
- Local: Mangueirão. Horário: 20h. Árbitro: Olivaldo José Alves Moraes. Assistentes: Luis Diego Nascimento Lopes e Ederson Brito de Albuquerque.