No Pará, 809 mil eleitores têm irregularidades no título

Irlaine Nóbrega

Eleitores têm um mês para regularizar o título eleitoral. Até o dia 8 de maio, os votantes podem normalizar a situação eleitoral, solicitar transferência de domicílio e atualizar os dados cadastrais para participarem das Eleições 2024. A orientação é comparecer ao atendimento para evitar grande fluxo nos últimos dias do cadastramento. Após o prazo, o cadastro será encerrado.

As eleições municipais deste ano estão previstas para o dia 6 de outubro. Quem deseja escolher entre os candidatos aos cargos de prefeito e vereador deve manter o título regularizado. “Deve comparecer aquele eleitor de 16 a 18 anos que não tem título, quem está com o documento cancelado porque deixou de votar, o eleitor que não tem biometria e, principalmente, quem deseja fazer a transferência de domicílio para Belém”, esclarece Zilomar Pereira, coordenador do Núcleo de Atendimento ao Eleitor (NAE) do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA).

Em Belém, o eleitorado em situação irregular deve comparecer presencialmente na Central de Atendimento ao Eleitor (CAE), localizada na travessa Pirajá. É necessário apresentar documento original com foto (identidade ou Carteira Nacional de Habilitação), comprovante de residência e CPF. O atendimento pode ser agendado ou por livre demanda, no horário de 8h às 14h, de segunda a sexta-feira. A partir do dia 15 de abril, o atendimento se estenderá até às 16h.

“Provavelmente a partir do dia 22 a gente deve expandir esse atendimento. A tendência é colocarmos mais atendimentos agendados também. Para o fechamento, a partir do dia 28 a gente deva estar no Mangueirinho e aqui [CAE] fique somente os atendimentos agendados. Quando chegar próximo ao fechamento, nós devemos ter postos de atendimento”, afirma Zilomar.

PARÁ

Com mais de 6 milhões de eleitores, o Estado do Pará registra 809.698 votantes com irregularidades no título eleitoral. Desse total, quase 780 mil estão cancelados, enquanto mais de 31 mil estão em situação de suspensão. Visando reduzir esses números, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou a campanha “Título na mão é sossego na eleição” com o intuito de reforçar a importância da regularização cadastral do título de eleitor.

“A gente sempre trabalha nesse sentido de alertar os eleitores que precisam resolver alguma pendência em relação ao título. Aqui no Pará nós temos várias campanhas, como o Jovem Eleitor e o TRE Ribeirinho, onde fazemos ações para evitar um grande quantitativo de irregulares, eleitores com títulos cancelados ou sem biometria”, explica Zilomar, coordenador do NAE.

A sede do CAE, no Fórum Eleitoral Rossi Nazareno, ficou movimentada pelos eleitores à procura do atendimento de normalização eleitoral, na manhã de ontem (09). A comerciante Simoni de Sousa, 52 anos, aproveitou os primeiros dias da ação para realizar a transferência da zona eleitoral para a capital paraense. Para ela, era um momento importante para assegurar os direitos como eleitora.

“Na época, quando eu comecei a votar, era Ananindeua, mas o meu lado passou a ser Belém há quarenta anos e eu nunca tinha feito a transferência. O certo é você votar onde você mora, que é onde você tem direito. Eu vim logo justamente porque eu votava da maneira errada e agora eu quero votar da maneira correta, escolhendo os candidatos do lugar onde eu moro”, contou Simoni.