Diego Monteiro
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o setor de bares e restaurantes, no período compreendido entre dezembro de 2023 a fevereiro de 2024, registrou a criação de mais de 70 mil novos postos de trabalho, atingindo um total de 5,52 milhões de trabalhadores em todo o país.
Esses números refletem um crescimento de 1,3% em relação ao trimestre anterior (setembro, outubro e novembro de 2023), no qual o setor contava com 5,45 milhões de trabalhadores. Esse desempenho se destaca ainda mais quando comparado com a média nacional, que apresentou uma queda de 0,3% no número total de ocupados.
Uma análise mais detalhada das informações disponibilizadas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que também houve um aumento na quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor em questão. No mês analisado, neste caso em fevereiro, foram criadas 16 mil novas oportunidades em comparação com janeiro deste ano.
Os números são encorajadores e evidenciam a retomada econômica e um ambiente propício para investimentos no país. O aumento no emprego e na remuneração dos trabalhadores reflete a sua importância na dinamização da economia, explica Rosane Oliveira, presidente do Conselho da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
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No que diz respeito ao Pará, Rosane afirma que as condições por aqui não são diferentes. “É só você dar uma volta pelas ruas, por exemplo, de Belém, para ver que atualmente estão abrindo muitos empreendimentos voltados para este ramo. E claro, se você tem portas de estabelecimentos como de bares e restaurantes abrindo, consequentemente você tem mais pessoas sendo contratadas”, disse.
Além disso, o setor na capital paraense possui outra vantagem devido à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), agendada para novembro de 2025. Durante esse período, espera-se que a cidade receba milhares de turistas de diversos países, tornando a região mais dinâmica e economicamente mais ativa, acrescenta a presidente da Abrasel.
Outro aspecto importante é que, além das questões quantitativas, a PNAD Contínua concluiu que, comparando o trimestre atual com o trimestre anterior, houve um aumento significativo na remuneração média, que passou de R$ 1.987 para R$ 2.075. Esse incremento representa uma variação positiva de 4,4%, a maior entre todos os setores pesquisados.
“Desta forma, a Abrasel está totalmente envolvida nas articulações para a COP 30, buscando várias frentes de capacitação junto ao Sebrae e outras instituições. Com isso, as pessoas precisam ficar atentas para se prepararem, então é preciso buscar capacitação em todos os segmentos: hospitalidade, segunda língua e outras ações que se fazem necessárias agora e para o ano que vem”, conclui Rosane.
