Os dois presos que fugiram da penitenciária de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, eram oriundos do estado do Acre, onde, em julho do ano passado, participaram de uma rebelião que deixou cinco mortos, em suposta guerra entre facções criminosas.
De acordo com o governo acreano, Rogério da Silva Mendonça, 36, o Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, o Deisinho, que se declaram integrantes do CV (Comando Vermelho), estavam entre os 14 presos transferidos para o sistema federal, em setembro passado, suspeitos de liderarem a matança.
Eles cumpriam penas de 74 anos e 81 anos, respectivamente, no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, destinado a abrigar chefes do crimes. Ambos foram condenados a crimes envolvendo roubo à mão armada, ainda conforme informações do Governo do Acre.
Segundo a polícia, os presos renderam funcionários do presídio em 26 de julho e seguiram para um local onde estavam guardadas as armas dos policiais. De lá, seguiram para o pavilhão reservado para integrantes de facções rivais, entre eles do PCC e B13.
A guerra sangrenta entre os presos terminou com cinco mortos, sendo três deles decapitados. Na época, o governo acreano informou que todos 14 presos transferidos estavam diretamente ligados ao ataque.
Os dois fugiram da penitenciária de Mossoró e foram presos após 50 dias em Marabá nesta quinta-feira, 4.