Tylon Maués
Após o jogo contra a Tuna Luso, domingo passado, o técnico Gustavo Morínigo comentou que sua maior preocupação para a sequência de quatro clássicos seguidos com o Paysandu seria quanto ao aspecto físico. Com um elenco reduzido e o departamento médico cheio, ele teria que quebrar a cabeça para montar o time.
Foi assim ontem, com o Remo entrando em campo com algumas mudanças inesperadas. Tudo o que o treinador paraguaio previu aconteceu, com o time azulino tendo um segundo tempo bem inferior ao do rival. No entanto, no primeiro, foi o Leão Azul quem deu as cartas, desperdiçando pelo menos duas chances cara a cara com o goleiro para poder abrir o placar.
As situações no elenco continuam para domingo, quando o Re-Pa será válido pelo primeiro jogo decisivo do Campeonato Paraense. Ontem, ficaram de fora o lateral Nathan (dor muscular), o meia Matheus Anjos (quadro viral), o zagueiro Ligger (lesão muscular na coxa direita) e o atacante Felipinho (em transição).
Durante o clássico, o zagueiro Ícaro terminou o jogo no sacrifício, o lateral-direito Vidal saiu lesionado e o meia Jaderson também se machucou, com suspeita de lesão muscular, o que pode tirá-lo dos jogos contra o Paysandu, o que seria um problema e tanto. Somente hoje deve haver uma avaliação mais detalhada do jogador.
Até aqui, Jaderson tem sido o melhor e mais regular jogador do Remo na temporada e ontem não vinha sendo diferente. Tanto que foi a partir de sua saída de campo, aos cinco minutos do segundo tempo, que o time azulino caiu de produção, enquanto que o Paysandu melhorou de sobremaneira. Se no primeiro tempo o Clube do Remo foi muito dominante, com uma de suas melhores atuações em 2024, na etapa final se viu perdido em campo, sem poder de criação e acuado.
O elenco se reapresenta hoje no Baenão para iniciar o processo de recuperação física que deve durar até 48 horas. Somente sábado, quando o treino de véspera de jogo tende a ser mais leve, é que Morínigo terá seu elenco – pelo menos o que estiver à disposição – para fazer os principais ajustes em busca de uma vitória no Re-Pa do Parazão. “A questão física e de recuperação praticamente estão juntas. Não podemos fazer trabalhos físicos, e sim táticos. Vamos ter um pouco mais de tempo e o Departamento Médico está trabalhando diariamente para que eles consigam se recuperar, talvez não em 100%, mas pelo menos para disputar esse jogo tão importante para nós”, comentou o treinador remista.