Pará

Círio traz expectativa de aumento nas vendas

Daniel Penalber trabalha em casa confeccionando camisas personalizadas do Círio
FOTO: Wagner Almeida
Daniel Penalber trabalha em casa confeccionando camisas personalizadas do Círio FOTO: Wagner Almeida
Daniel Penalber trabalha em casa confeccionando camisas personalizadas do Círio
FOTO: Wagner Almeida

Trayce Melo

A proximidade do período do Círio de Nazaré tem deixado otimistas os comerciantes que trabalham com produtos da quadra nazarena, como toalhas de mão, terços, fitinhas, camisas, canecas e até máscara com o tema. Esses dois anos de pandemia da Covid-19 impactaram diretamente na geração de emprego e renda neste período na capital paraense. Durante o mês de outubro, o desempenho positivo do setor de serviços chega a ser superior em comparação com as demais regiões brasileiras.

A expectativa de um grande público de devotos na retomada das procissões do Círio de Nossa Senhora de Nazaré em 2022 é grande para Daniel Penalber, 41 anos, designer gráfico, que trabalha em casa com confecções de camisas personalizadas. Ele acredita que os pedidos devem aquecer neste segundo semestre. “Ficamos dois anos sem procissões presenciais. Por conta disso, eu realmente acredito que teremos um grande número de turistas e devotos de Nossa Senhora de Nazaré neste Círio de 2022. Consequentemente os artesãos de Belém e as pessoas que trabalham com o Círio de alguma forma terão a possibilidade de fechar o ano com saldo positivo”.

As boas vendas já ocorreram em 2021. “Nos dois anos de pandemia eu continuei confeccionando as camisas e não senti tanto o desinteresse das pessoas em virtude de não ter as procissões presenciais. Pelo contrário, mesmo assim as pessoas fizeram suas encomendas, não na proporção que geralmente eu faço, mas em compensação eu tive bastante procura. Porque o Círio é uma festa tão tradicional que mesmo não tendo presencialmente na pandemia as pessoas estavam envolvidas na festa de alguma forma”, lembra.

As produções começam em meados de julho. “Essa semana começo a divulgar nas redes sociais. A gente sempre quer superar as vendas de anos anteriores, esse ano pretendo dobrar a produção, confeccionar em torno de 200 camisas personalizadas ou mais, eu espero. Nossa produção funciona da seguinte forma, eu terceirizo a parte da costura e faço a criação das estampas, aplicação das pedrarias e customização”, conta.

No centro comercial de Belém, já há barracas e lojas que já estão vendendo toalhas de mão, máscaras e artigos religiosos. O vendedor de uma loja de artigos e acessórios no comércio, Leonardo Valentim, 31, explica que a expectativa de vendas para esse ano é bem maior. “Os artigos religiosos que mais saem são os terços, berlinda, mantos, escapulários e as fitas do círio que são bem procuradas. Nosso maior alvo é no atacado, muitos vendedores já estão procurando a loja para fazer suas encomendas e armazenar estoque com medo de até o tempo do Círio muitos produtos esgotarem”, afirma.