Remo e Paysandu vão disputar o título do Parazão 2024 nos dois próximos domingos, dias 7 e 14 de abril, sem nenhuma vantagem para um ou outro. Pela Copa Verde as semifinais serão nos dias 3 e 10, também sem vantagem para nenhum lado. Serão quatro clássicos em 12 dias. Algo então inédito na história do Re-Pa, um dos duelos mais jogados no mundo todo.
O Re-Pa, como todo clássico, reserva histórias pitorescas e outras que celebram feitos inesquecíveis para quem ganhou e para quem saiu de campo derrotado. E em muitos casos esses eventos atravessam gerações e sobrevivem graças à memória de quem esteve lá ou quem deu a sorte de ter o recurso do vídeo para provar que aqui de fato aconteceu.
No final de 1992, Remo e Paysandu também duelaram por quatro vezes em pouco tempo, entre novembro e dezembro, em quase um mês praticamente. Os jogos aconteceram no Mangueirão, que na época ainda era o famoso ‘Bandolão’, com as arquibancadas indo até um determinado espaço. Muitos anos depois teria uma nova reforma e agora o estádio que vai abrigar a maratona de Re-Pas nem de perto lembra aquele cenário de 32 anos atrás.
Naquele ano, o Remo era forte candidato ao título. Vinha de um 1991 mágico, quando chegou às semifinais da Copa do Brasil, algo que jamais foi repetido. E era o atual tricampeão. No caminho do tetra, o eterno rival, que estava embalado. E a vantagem que o Leão tinha nos jogos finais caiu por terra, e o que ocorreu ali foi basicamente a repetição de um roteiro que ficou eternizado na memória dos bicolores: quatro vitórias por 1 a 0. E no jogo que valeu o título estadual, um gol antológico.
O atacante Mendonça mandou uma bomba quase do meio-campo, encobrindo o ex-goleiro da seleção brasileira Paulo Victor, praticamente colocando o Mangueirão abaixo.
No clássico seguinte, em janeiro de 1993, o Remo iniciava um tabu que duraria longos 33 jogos. Mas isso é outra história…