Ana Laura Costa
Uma nova pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), aponta que pela segunda vez consecutiva neste ano, o Pará registrou aumento no número de empregos formais. Em fevereiro, foram gerados 7.079 postos de trabalho, o que representa cerca de 24% a mais que o saldo registrado em fevereiro de 2023, quando houve a geração de 5.675 empregos formais.
Ainda de acordo com o Dieese, nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, dos 144 municípios do Estado, os primeiros da lista que mais geraram emprego foram: Belém; Santana do Araguaia; Canaã dos Carajás; Parauapebas; Barcarena; Santarém; Redenção; Santa Isabel do Pará; Castanhal; Ananindeua; Capanema; Marituba; Novo Progresso; Moju; Xinguara; Itaituba; Maracanã; Portel e Benevides.
O levantamento feito pelo Dieese Pará analisou o comparativo entre admitidos e desligados em fevereiro deste ano. Dessa forma, em todo o Estado, foram feitas 41.307 admissões, contra 34.228 desligamentos, gerando um saldo positivo de mais de 7 mil empregos. Assim, no ranking dos estados brasileiros, o Pará desponta na 9ª posição com o maior saldo positivo de postos de trabalho. Os setores econômicos que mais se destacaram na geração de empregos formais foram os de Serviço, Comércio, Construção e Indústria (veja mais no box).
POSITIVO
O supervisor técnico do Dieese Pará, Everson Costa, avalia que o Pará não está gerando apenas saldo positivo, mas volume de emprego e isso é um efeito muito positivo já que, no ano passado, o Estado iniciou o ano de 2023 perdendo postos de trabalho. De acordo com Everson, analisando todos os comparativos, tudo leva a crer que, até o final deste ano, o Pará vai atingir um número ainda maior de postos de trabalho, considerando o total de admissões e também demissões, mas com um saldo bem maior.
“Abrimos esses dois primeiros meses de 2024 com a grande maioria dos setores gerando postos de trabalho. Apenas o setor da agropecuária perdeu postos de trabalho, que está muito mais ligado a uma questão sazonal, mudança de cultura, variações climáticas, o inverno amazônico e isso, de certa forma, afeta esse setor. Mas Serviço, Indústria, Comércio e Construção estão conseguindo dar uma resposta significativa a essa geração de empregos formais”, explica o supervisor técnico.
Everson Costa também pontua que o setor de Construção corresponde a um terço de toda a movimentação de empregos no Estado e, desde o segundo semestre do ano passado, muito em função do retorno do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o setor vem se fortalecendo. Para o supervisor técnico, não só a COP-30 como também a entrega de várias obras do governo federal vão aquecer o setor neste ano.
“A tendência é que tenhamos mais postos de trabalho sendo gerados e se formos observar, o Estado sempre vem apresentando entre 8 a 10% de resultado superior em relação ao mesmo período anterior. Então, estamos caminhando para um cenário bastante positivo. O que se desenha até aqui são bons resultados e a gente crê que o setor possa estar entregando muito emprego neste ano de 2024”, ressalta.
A tendência, segundo Everson Costa, é que o setor de Serviços também acompanhe esse movimento. “O setor é muito grande, então, estamos falando de um setor que tem potencial para crescer, tem uma capacidade de se redesenhar muito grande e perdeu muito com a pandemia. Hoje, já podemos dizer que o setor já retomou o seu nível pré-pandemia, tanto que a empregabilidade aumentou a partir dele fortemente no país e em todo o Pará”, finaliza.
Setores
A pesquisa também aponta que, no comparativo entre admitidos e desligados, com destaque para o setor de Serviços, o saldo foi de 3.213 empregos formais; seguido do setor da Construção, com cerca de 1.778 postos de trabalho gerados; setor de Comércio, com saldo positivo de 1.490 empregos formais criados e do setor da Indústria, com saldo positivo de 758 postos de trabalho. No período analisado, apenas o setor da Agropecuária apresentou queda na geração de empregos formais, com saldo negativo de 160 postos de trabalho.
Norte
No balanço acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, o Pará também foi destaque na geração de emprego entre os estados da região Norte. De acordo com o Dieese, em toda a região Norte, foram feitas um total de 198.925 admissões, contra 178.210 desligamentos, gerando um saldo positivo de 20.715 postos de trabalhos.
Todos os estados que compõem a região apresentaram crescimento de empregos. O Pará lidera o ranking com saldo positivo de 7.019, seguido do Amazonas, com saldo positivo de 4.052 e o estado do Tocantins, com 3.678 postos de trabalho.
AS 50 CIDADES QUE MAIS CRIARAM EMPREGOS NO PARÁ EM 2024
1º Belém: 1.683 vagas criadas
2º Santana do Araguaia: 981
3º Canaã dos Carajás: 970
4º Parauapebas: 618
5º Barcarena 497
6º Santarém: 414
7º Redenção: 314
8º Altamira: 278
9º Santa Isabel do Pará: 227
10º Castanhal: 215
11º Ananindeua: 194
12º Capanema: 188
13º Marituba: 149
14º Novo Progresso: 140
15º Moju: 126
16º Xinguara: 120
17º Itaituba: 118
18º Maracanã: 116
19º Portel: 96
20º Benevides: 95
21º Cumaru do Norte: 95
22º Dom Eliseu: 93
23º Santa Maria do Pará: 88
24º Paragominas: 78
25º Rio Maria: 75
26º Mae do Rio: 71
27º Abaetetuba: 66
28º Santo Antônio do Tauá: 65
29º Marabá: 61
30º Santa Maria das Barreiras: 60
31º Anapu: 57
32º Tucuruí: 45
33º Tucumã: 41
34º Peixe Boi: 38
35º Jacareacanga: 30
36º Floresta do Araguaia: 27
37º São Geraldo do Araguaia: 27
38º Juruti: 25
39º Medicilândia: 25
40º Afuá: 24
41º Novo Repartimento: 24
42º Rurópolis: 24
43º Ipixuna do Pará: 22
44º Soure: 22
45º Augusto Correa: 21
46º Jacundá: 19
47º Trairão: 19
48º Alenquer: 18
49º Nova Ipixuna: 18
50º São Miguel do Guamá: 17
Fonte: Dieese/PA