Agência O Globo
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez novo convite ao ex-presidente Jair Bolsonaro para que visitasse o país nos dias 14 a 18 de maio, como revelou o colunista Lauro Jardim. A data coincide com as comemorações do Dia da Independência de Israel, chamado de Yom HaAzmaut.
A coluna também revelou que na semana passada Jair Bolsonaro pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que seu passaporte – apreendido na operação Tempus Veritatis, em 8 de fevereiro – fosse liberado. A solicitação ocorreu pouco tempo antes de ser revelado que o ex-presidente passou duas noites na embaixada da Hungria, também em fevereiro e durante o carnaval.
Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, no g1, a carta de Netanyahu foi enviada em 26 de fevereiro, uma semana depois do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, ter sido declarado “persona non grata” em Israel após comparações dos ataques do país a Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra.
No documento, o primeiro-ministro israelense afirmou que durante o mandato de Bolsonaro, as relações entre Brasil e Israel “atingiram novos patamares”. Ele também referenciou a manifestação na Avenida Paulista, que ocorreram em 25 de fevereiro, um dia antes do ex-presidente receber a carta.
“Ontem, você demonstrou sua solidariedade com o povo e o Estado de Israel, orgulhosamente empunhando a bandeira de Israel em um comício em São Paulo. Isso foi uma clara e moralmente sólida rejeição às acusações ultrajantes do seu sucessor contra as operações das Forças de Defesa de Israel em Gaza” diz Netanyahu no documento.
O líder não deixa evidente se o ex-presidente irá participar das festividades do Yom HaAzmaut, mas reforça que a “amizade” de Bolsonaro é “ainda mais importante durante tempos de crise e guerra” e, por isso, fez o convite ao político e sua família.
O Yom HaAzmaut é comemorado entre abril e maio e, neste ano, as festividades acontecem nos dias 13 e 14 de maio, data em que Bolsonaro chegaria no país e quando grande parte dos eventos envolvendo Netanyahu e o presidente de Israel, Isaac Herzog, acontecem. A data acontece logo após o fim do Yom HaZikaron, ou Dia da Memória.
As celebrações contam com um voo da Força Aérea Israelense por grande parte do território, uma competição de conhecimentos bíblicos e a recepção do corpo diplomático presente em Israel por Netanyahu.
Procurada, a assessoria do ex-presidente não respondeu os pedidos de comentário do GLOBO.