Tylon Maués
Nos dois jogos diante do Amazonas-AM, um adversário teoricamente mais qualificado tecnicamente, o Clube do Remo saiu atrás no placar em ambos e foi buscar os resultados que lhe interessavam, dentro e fora de casa. Mais do que o poder mental do elenco, destacado pelo técnico Gustavo Morínigo, o time já começa a mostrar um entendimento tático do que espera o comandante.
Ainda está bem longe do que espera, salientou o treinador paraguaio, mas é nítida uma organização maior dentro de campo. “O trabalho foi bom, de todos, e é só seguir focado, seguir trabalhando. E que as vitórias nos ajudem em nosso objetivo principal”, comentou Morínigo após o empate em 2 a 2 com a Onça Pintada, no último sábado, placar que garantiu o Leão Azul na semifinal da Copa Verde.
Por mais que já esteja na terceira semana no Baenão, o treinador tem convivido com um problema inerente ao calendário do futebol brasileiro, a falta de tempo para trabalhar com o elenco. No maior período que teve entre partidas, foram apenas quatro dias para treinar os jogadores antes do jogo de volta contra o Santa Rosa, pelas quartas de final do Campeonato Paraense.
Esse entrosamento entre comissão técnica e atletas foi mencionado pelo técnico azulino. “Através do conhecimento deles, desde o primeiro dia procuramos conhecer a eles. Entender um pouco que tipo de pessoas são. É um grupo muito bom e eles acreditam no que estamos propondo para eles. E nós acreditamos neles. Então, o trabalho mental é todo dia, em todos os momentos”.
Morínigo citou essa organização maior da equipe tendo uma consequência direta em campo, que foi a vitória física em um confronto entre dois times desgastados depois de terem se enfrentado três dias antes em uma partida muito pegada. “Era normal que os dois times sentissem a parte física, mas a nossa vantagem foi que conseguimos ficar com a bola no segundo tempo, rodar bastante e encontrar muito espaço. Jogamos em linha alta e não deixamos que eles pudessem nos atacar, essa foi a nossa vantagem, eles ficaram correndo mais que nós”.