Pará

Cães auxiliam na segurança do sistema prisional

Foto: Yasmin Cavalcante/ NCS Seap
Foto: Yasmin Cavalcante/ NCS Seap

Os investimentos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) que consistem em manter o sistema prisional paraense sob controle estão garantindo o fortalecimento do efetivo que conta com apoio de cães policiais e capacitação de operadores para uso dos animais. O Núcleo de Operações com Cães (NOC), uma das frentes de trabalho do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), atua no apoio operacional dentro do sistema penitenciário.

Atualmente o núcleo conta com dois cães adultos. Além disso, o Núcleo tem outros seis filhotes que estão em treinamento para ingressar na matilha. Conforme o planejamento Seap, para este primeiro semestre está previsto o início das obras de ampliação e estruturação do espaço físico do canil.

Na avaliação do secretário adjunto de Gestão Operacional, Ringo Alex Frias, a utilização dos cães traz um resultado positivo tanto pela presença física quanto pelo impacto causado. “Quando a gente entra nos blocos carcerários utilizando essa ferramenta, que são os cães, além de fazer a guarda de todo o ambiente carcerário, eles também trazem proteção para todos os operadores que ali estão trabalhando. Isso só reforça ainda mais a segurança da unidade prisional, mantém a ordem, a disciplina e principalmente a manutenção dos protocolos estabelecidos no nosso manual de procedimentos operacionais”, assegura Ringo.

Rotina

O cachorro policial, também chamado de K9 são adestrados especialmente para as operações policiais, no caso da Seap, o cão de intervenção é voltado para a manutenção da ordem e segurança dentro do sistema penitenciário.

Edney Marques, policial penal e coordenador de segurança do GAP, explica que como os cães são utilizados. “Os K9s compõem a guarnição do NOC, desempenhando o papel de um operador na rotina diária de manutenção da ordem e segurança do sistema penitenciário, eles também desempenham treinamentos operacionais e físicos, exercem atividades de proteção, dão apoio nas atividades de intervenção, revistas, rondas e no posto base”, diz o policial.

As demais forças especiais da Seap – Grupo de Busca e Recaptura (GRB), Central Integrada de Monitoramento Eletrônico (Cime), Comando de Operações Penitenciárias (Cope) -, também podem solicitar o apoio operacional do NOC para desempenhar ações conjuntas.

Treinamento

Quando um filhote chega é feita uma seleção para verificar se ele está apto para o trabalho policial, a partir disso é organizada uma estratégia de desenvolvimento de treinos. Segundo Cássio Sarmento, coordenador do NOC, a ambientação do cão é extremamente importante porque expõe o animal aos diversos fatores que simulam o trabalho real no dia a dia do policial.

“As simulações podem acontecer em uma área de ambiente carcerário, ou uma área de busca e captura em área de mata. Vamos socializando com eles a questão da água, ambientes desregulados, até começar o trabalho de estimular o cão, através das bolinhas, da caça, até introduzir, a parte de faro, ou a parte de guarda e proteção”, afirma Sarmento.

Caso o cão siga o treinamento específico para o faro, pode seguir em duas vertentes: faro de narcóticos ou faro de explosivos. Já para a guarda e proteção, o treino é voltado para a busca e captura ou a intervenção. Os treinos acontecem de forma diária e contínua.

Os cães possuem ainda um importante papel durante as revistas gerais e estruturais nas unidades prisionais, para estas situações os treinamentos simulam situações reais de estresse e perigo.

“Os cães são previamente equipados e preparados para as missões do dia, e compõem a célula tática que pode mudar conforme a necessidade de cada casa penal. Os K9s desempenham um papel importante devido a sua imponência e presença física, gerando um grande impacto psicológico que auxilia na movimentação dos internos, promovendo maior segurança aos operadores”, afirma Marques.

Parte dos filhotes será treinada para se tornar cães de faro de narcóticos e também cães de busca e captura, eles vão desempenhar as atividades de busca por odor específico para auxiliar tanto na intervenção intramuros quanto na recaptura de internos que evadam do sistema.

Estrutura

Atualmente o canil do NOC é composto por cinco baias e uma sala, que é utilizada tanto para treinamento quanto para atendimento médico. A expansão do espaço está prevista para o primeiro semestre de 2024, a nova estrutura será composta de dez novas baias, área de soltura, pista de treinamento e uma base composta por ambulatório, sala de ração e equipamentos, alojamentos masculino e feminino, além do escritório.