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Vanessa da Mata apresenta show da turnê “Vem Doce” em Belém

Com uma trajetória consolidada na música, a cantora Vanessa da Mata traz uma turnê histórica a Belém, com sucessos de 20 anos de carreira.
Com uma trajetória consolidada na música, a cantora Vanessa da Mata traz uma turnê histórica a Belém, com sucessos de 20 anos de carreira.

Da Redação

Com uma trajetória consolidada na música, a cantora Vanessa da Mata traz uma turnê histórica a Belém, com sucessos de 20 anos de carreira. A artista se apresenta neste sábado, 23, às 21h, na Assembleia Paraense, com abertura da cantora Marina Morais na companhia da banda Os Leones, com pop e reggae.

Depois de Belém, a artista se apresenta em São Paulo e embarca para fora do país, com destino a diversos lugares: Paris (França), Milão (Itália), Zurique (Suíça), Genebra (Suíça), Lisboa, Figueira da Foz e Madeira (todas estas em Portugal) e depois retornará em junho com shows em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A turnê celebra o sucesso de “Vem Doce”, seu mais recente álbum, que marca 20 anos de carreira, e foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. O álbum possui 13 faixas inéditas e contempla diferentes gêneros e parcerias, como João Gomes, com quem Vanessa da Mata canta “Comentário a Respeito de John”, regravação de Belchior, além de Marcelo Camelo, L7NNON e Ana Carolina. Multitalentosa, Vanessa atua no trabalho como compositora, arranjadora, produtora e intérprete.

Dirigido por Jorge Farjalla, o espetáculo musical é dividido em três atos onde Vanessa revisita sua trajetória pessoal e musical. Além das músicas de “Vem Doce”, ela reúne ainda clássicos de sua trajetória que se conectam a outra paixão da artista, a literatura. No show, isso tudo aparece nos cenários inspirados em grandes nomes do modernismo brasileiro, como Oswald de Andrade, Lina Bo Bardi, Hélio Eichbauer, e outros.

Em entrevista à revista “Veja”, Vanessa da Mata diz que o novo disco e a turnê homônima marcam um momento em que ela se sente mais madura, quando se compara com as angústias de seus 20 anos, quando lançou seu primeiro disco. “Eu não tenho as angústias que tinha no começo da carreira. Estava saindo da adolescência e possuía muito mais hormônios. Tinha medo do sucesso e do que a fama pode trazer. Hoje, é mais fácil — apesar de eu não ter eliminado minhas tensões de artista ao entrar no estúdio e fazer um disco novo”, avaliou.

O amor, tema de sucessos seus como “Boa Sorte” e “Banho de Chuva”, continua fazendo parte de suas canções. Mas hoje reflete também uma visão mais realista, como ela ponderou em entrevista recente ao jornal “O Globo”. “Ele [o amor] entrou no casulo muitas vezes, a cada geração. E acho que a gente fica buscando um amor que não existe mais, mas estamos menos tolerantes e muito polêmicos com as diferenças, se ofendendo cada vez mais. O que a gente ‘passava pano’ antigamente, hoje não faz mais”.

Para Vanessa, o olhar feminino traz outras nuances sobre tudo, daí a força que as mulheres compositoras têm ganhado. “É essencial o ponto de vista da mulher para a música. Acho que as nossas necessidades são muito diferentes, porque o masculino e o feminino são muito diferentes, a lógica, a escrita, a poesia e o amor gigantesco. Existe uma coisa antiga de calar a mulher de várias maneiras, então, cada vez mais, a gente tem uma libertação de poder falar o que a gente acha”, considera a artista, na mesma entrevista a “O Globo”. Para ela, é algo recente a mulher poder retratar um pensamento no papel e fazer composições, sem enfrentar o preconceito.

“Poder compor e contar o que a gente sente e colocar no papel é muito moderno, é algo de agora. Sempre tivemos mulheres, a exemplo de Chiquinha Gonzaga, Rita Lee, Dolores [Duran] que tiveram de passar por dores horríveis para terem esse lugar de libertação da fala junto com esse sentimento”.