Polícia

Líderes religiosos são presos por associação criminosa em Belém

A operação denominada "Mercadores do Templo" resultou na expedição e execução de quatro mandados de busca e apreensão, além da apreensão de dois veículos.
A operação denominada "Mercadores do Templo" resultou na expedição e execução de quatro mandados de busca e apreensão, além da apreensão de dois veículos.

A Polícia Civil do Pará, através da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFRVA/DRCO), prendeu um casal em Belém, na quarta-feira (20), sob acusações de envolvimento em uma série de crimes como roubos com uso de arma de fogo, concurso de pessoas e transporte de valores. A operação denominada “Mercadores do Templo” resultou na expedição e execução de quatro mandados de busca e apreensão, além da apreensão de dois veículos.

As investigações começaram após um roubo ocorrido em janeiro de 2024. O trabalho investigativo descobriu que a associação criminosa utilizava um método consistente para abordar seus alvos. Utilizando um automóvel, os criminosos restringiam a liberdade das vítimas, circulando pela cidade enquanto subtraiam valores e realizavam transferências via PIX utilizando os telefones das vítimas.

“As vítimas eram pegas em via pública na cidade, sempre com muita violência e à luz do dia. Após as ameaças iniciais, ainda circulavam com ela por horas dentro da região metropolitana de Belém, constantemente sob a mira de armas de fogo. Durante o percurso, ainda a obrigaram a realizar diversos PIXs com seu aparelho celular”, afirma o delegado Matheus Leão da Delegacia de Repressão a Furto e Roubo de Veículos.

Foi apurado que um casal desempenhava papel central na organização, responsável pela coleta de informações sobre os alvos, aluguel do veículo utilizado nos crimes e logística para a fuga, aproveitando-se de suas posições como líderes religiosos, no bairro do Bengui, para executar tais atos.

A operação foi possível graças à coleta de provas conclusivas, que levaram à solicitação de mandados de prisão temporária, busca e apreensão, além do sequestro de valores relacionados aos acusados, todos deferidos pelo judiciário de Belém.

“Além dos veículos utilizados nos crimes, foram apreendidos aparelhos celulares e máquinas de cartão de crédito, itens essenciais para a prática dos delitos. A Polícia Civil segue com as investigações, buscando identificar outros envolvidos e realizar novas prisões para desmantelar completamente a rede criminosa”, ressaltou o delegado-geral da PCPA, Walter Resende.