Pará

Pará tem 13 casos de Monkeypox; Belém lidera ocorrências

Belém lidera casos de Monkeypox. Foto: Divulgação
Belém lidera casos de Monkeypox. Foto: Divulgação

 

A Secretaria de Saúde (Sespa) informa que há 13 casos confirmados de Monkeypox no Pará, residentes do município de Belém (08), Ananindeua (02) e Santarém (03). Outros 26 casos foram descartados.

Ainda, 29 casos suspeitos seguem em investigação, notificados por: Santarém (01), Ananindeua (04), Belém (15), Marituba (05), Benevides (02), Castanhal (01) e Goianesia do Pará (01). O acompanhamento e monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias de saúde municipais.

Dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quarta-feira (31) mostram que já foram registrados mais de 50 mil casos da varíola dos macacos, chamada também de monkeypox, desde o início de um surto que atinge principalmente a América do Norte e a Europa, mas afeta também o Brasil.

De acordo com o painel da organização que registra todos os casos confirmados, hoje havia 50.496 casos e 16 mortes. Nos Estados Unidos, assim como na Europa, o número de infecções parece estar diminuindo. Em 23 de julho, a OMS decretou a varíola dos macacos uma emergência sanitária global. Em 4 de agosto, as autoridades de saúde dos Estados Unidos e o governo do presidente Joe Biden declararam que a doença é uma emergência de saúde pública no país.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil notificou 4.876 pacientes contaminados com esse tipo de varíola até terça-feira (30). São Paulo (2.941), Rio de Janeiro (645), Minas Gerais (277), Distrito Federal (189), Goiás (222) são os estados com mais casos confirmados.
Essa semana, o Brasil teve a segunda morte em decorrência da doença, no Rio de Janeiro.

A primeira morte registrada no país foi no dia 28 de julho, em Minas Gerais. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, um homem de 41 anos, natural de Uberlândia (MG), morreu em um hospital de Belo Horizonte.

MORTE ‘SUSPEITA’ NOS ESTADOS UNIDOS
Nesta terça, os Estados Unidos notificaram a primeira morte possivelmente relacionada à varíola dos macacos. O caso ocorreu no Texas, em um paciente imunossuprimido.
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) disse que monitora “de perto o surto de monkeypox” e que é “prematuro atribuir uma causa específica de morte” no caso suspeito.

ANVISA AUTORIZA TESTES E VACINA
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou essa semana dois tipos de testes moleculares para identificar a varíola dos macacos. A decisão é “imediata e emergencial” para os kits da unidade Bio-Manguinhos, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A autorização ocorre após solicitação conjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde, que é do Ministério da Saúde, e do Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz.
A agência ressaltou que os testes “ainda encontram-se em análise para aprovação de registro” e que “até o presente momento, não existe nenhum teste de diagnóstico comercial com registro aprovado na Anvisa”.
Dentre os fatores que levaram à decisão para os testes, em caráter emergencial, estão “a atual situação epidemiológica emergencial da infecção por monkeypox no Brasil”, limitação de resposta dos laboratórios, estratégias de monitoramento da doença e “o risco associado à demora diagnóstica no que se refere à propagação da doença no país”.
Na sexta-feira (26), a Anvisa aprovou a dispensa de registro para que o Ministério da Saúde importe e utilize a vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos no Brasil. A agência também deu a mesma autorização para o medicamento Tecovirimat, utilizado no tratamento da doença.

COMO É A TRANSMISSÃO E QUAIS OS SINTOMAS DA ‘MONKEYPOX’?
O Ministério da Saúde lançou no último dia 22 uma campanha de conscientização sobre a doença, informando a população sobre a transmissão, contágio, sintomas e prevenção da “monkeypox”.
Confira abaixo os sintomas mais comuns da doença:
– Febre;
– Dor de cabeça forte;
– Inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como “íngua”);
– Dor nas costas;
– Dores musculares;
– Falta de energia intensa.
A transmissão acontece, na maior parte dos casos, por contato físico pele a pele com lesões, ou fluidos corporais, mas, também pode ocorrer através de objetos contaminados por alguém infectado. Importante relembrar que a doença afeta todo mundo, independente de sexualidade, idade ou raça.

FONTE: Folhapress e redação do DIÁRIO