Wal Sarges
Leve, divertido e educativo. Esses são alguns dos adjetivos do espetáculo “Gabriel só quer ser ele mesmo”, musical infantojuvenil que promete encantar adultos e crianças em Belém, com duas sessões que ocorrem nesta sexta-feira, 15, e no sábado, 16, sempre às 17h, no Teatro do Sesi. As sessões contarão com acessibilidade de audiodescrição e intérpretes de libras. Até o fechamento desta edição, as duas apresentações estavam com ingressos esgotados e ainda não havia a confirmação sobre a possibilidade de uma sessão extra.
A autora peça, Renata Mizrahi, premiada dramaturga e autora de mais de 25 peças – que também assina a direção ao lado de Priscila Vidca -, diz que está muito feliz de voltar a Belém, desta vez com esta peça que traz reflexões sobre o universo do personagem Gabriel, um menino que gosta de dançar e no primeiro momento é impedido de fazer o que gosta, mas consegue reverter a opinião alheia na escola sobre o que os meninos podem ou não fazer em suas atividades de lazer. O personagem é interpretado pelo ator Vinicius Teixeira.
O espetáculo estreou em 2020, no Rio de Janeiro. Depois houve um hiato devido a pandemia e a peça voltou em cartaz em algumas cidades do interior do Rio de Janeiro.
“O espetáculo ‘Gabriel só quer ser ele mesmo’ é a história de um menino que ama dançar, mas enfrenta muito preconceito dentro da escola, porque naquele espaço existe um receio sobre o que os outros vão pensar se ele fizer aula de balé. Ele quer apenas dançar, isso não tem nada a ver com a sexualidade dele. Entendo que é muito difícil para a mãe ou o responsável da criança bancar situações como essa, que trata sobre as atividades consideradas de meninas, por exemplo. A peça fala sobre isso com muita leveza, humor e música ao vivo”, explica a autora, acrescentando que a peça foi inspirada no filho dela. Renata diz que quando ele nasceu, ela passou a refletir sobre os espaços, atividades e até cores destinadas de forma diferente para meninos e para meninas.
O musical é apresentado pelo Ministério da Cultura, com patrocínio do Instituto Vale Cultural, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. Após as sessões, há um momento de bate-papo sobre o tema.
“A ideia é levar uma reflexão sobre o mundo lúdico das crianças para o público de Belém. Nessa conversa, a gente espera ouvir o espectador de Belém e as famílias, porque é um espetáculo para as famílias pensarem sobre o tema. A expectativa é a melhor possível porque a gente ama fazer essa peça e quer fazer o nosso melhor trabalho na cidade. Belém é uma cidade que eu amo e o nosso elenco é muito bom”, garante Renata Mizrahi, que já passou pela capital paraense em 2014, com outro espetáculo, “Coisas que a gente não vê”, no Teatro Maria Sylvia Nunes. “A peça foi linda e eu quis muito voltar para Belém com esse espetáculo porque eu me apaixonei pela cidade”, conta.